sexta-feira, 19 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

 
 Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 44º poema, Menina Dos Olhos Tristes, é uma canção, de José Afonso, que exprime o drama familiar e social que representou a guerra colonial antes do 25 de Abril, em que muitos soldados portugueses ficaram feridos, desapareceram ou morreram. Isso trouxe muita dor e sofrimento a muitas famílias.

Luís Moura, docente de Português

44. Menina Dos Olhos Tristes

Menina dos olhos tristes
O que tanto a faz chorar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Vamos senhor pensativo
Olhe o cachimbo a apagar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Senhora de olhos cansados
Porque a fatiga o tear
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Anda bem triste um amigo
Uma carta o fez chorar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

A lua que é viajante
É que nos pode informar
O soldadinho já volta
Está mesmo quase a chegar

Vem numa caixa de pinho
Do outro lado do mar
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.

José Afonso

Aqui fica a canção interpretada por José Afonso:

quinta-feira, 18 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS


Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 43º poema, Cantiga para os que partem, é uma canção, cuja letra é de Rosália de Castro, escritora galega, a música de José Niza e a interpretação de António Bernardino, sendo também muito conhecida a interpretação de Adriano Correia de Oliveira. O poema exprime bem a realidade dos muitos portugueses que tiveram de emigrar durante o tempo da ditadura, pois as condições de Portugal, sociais, económicas, políticas, da guerra colonial… assim os obrigavam, tendo de deixar, muitas vezes as famílias, em busca de uma vida melhor. Foram tempos difíceis que se viveram nas décadas de 60 e 70. Hoje, passados 50 anos do 25 de Abril, muitos portugueses, sobretudo jovens, também se veem obrigados a emigrar, pois as condições económicas não são as desejáveis para se poder viver em Portugal. Isto não devia, não deve acontecer. Temos de criar as condições para que os portugueses possam ficar em Portugal e sejam verdadeiramente livres, tendo emprego digno, saúde, habitação, educação…

Luís Moura, docente de Português

43. Cantiga para os que partem

Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
oh terra ficas sem homens
que possam cortar teu pão

Tens em troca, órfãos e órfãs
e campos de solidão
e mães que não têm filhos
filhos que não têm pais.

Corações que tens e sofrem
longas ausências mortais
viúvas de vivos-mortos
que ninguém consolará.

Rosália de Castro

Aqui fica a canção interpretada por Adriano Correia de Oliveira:

quarta-feira, 17 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

 

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura


Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 42º poema, Portugal Ressuscitado, de José Carlos Ary dos Santos, exprime bem o sentimento de quem viveu a Revolução do 25 de Abril de 1974, que veio pôr fim a uma ditadura, e viu o Povo nas ruas a celebrar a liberdade, depois «da fome, da guerra/da prisão e da tortura». Hoje, passados 50 anos, devemos estar unidos, pois «o povo unido/nunca mais será vencido» e lutar sempre para sermos livres e para que não tenhamos mais de passar fome, guerra, prisão ou tortura. Que o Portugal democrático, nascido depois de Abril, traga essa liberdade e desenvolvimento desejados!

Luís Moura, docente de Português

42. Portugal Ressuscitado


Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.

Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido

Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.

Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido

Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.

Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido.

José Carlos Ary dos Santos

Aqui fica, também, a canção:

terça-feira, 16 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

 
Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 41º poema, Liberdade, é uma canção, de 1974, que Sérgio Godinho escreveu e compôs. Aqui, exprime o verdadeiro valor da Liberdade, que foi conquistada no 25 de Abril, mas que é necessário concretizar e tornar uma realidade, pois «Só há liberdade a sério quando houver/a paz o pão/habitação/saúde educação», direitos fundamentais dos ser humano, que, passados 50 anos, depois da Revolução de Abril, continuam ainda por fazer plenamente, pois há muitos portugueses que não são livres, pois não têm «paz o pão/habitação/saúde educação» a sério e de forma digna. Lutemos para que todos sejam verdadeiramente livres!

Luís Moura, docente de Português

41. Liberdade

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só quer a vida cheia quem teve vida parada
só quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério
quando houver liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.

Sérgio Godinho
Aqui fica a canção:

segunda-feira, 15 de abril de 2024

O cavalo invisível

 

Era uma vez um rapaz muito corajoso. Ele era alto, forte, bonito e muito criativo. Todas as noites o rapaz se deitava numa manta à luz do luar, a imaginar histórias e personagens engraçadas. 

O rapaz, todos os dias, pedia ao pai para ir para tropa mais forte do reino, pois era muito corajoso. O pai dele sempre negava, porque, apesar da sua coragem, achava-o muito ingénuo e infantil. Quando o rapaz completou os 18 anos de idade, teve a oportunidade de experimentar a mais prestigiada tropa do reino.

No seu primeiro dia, ele não conseguiu usar a espada e todos fizeram troça dele. No seu segundo dia, adormeceu e faltou às aulas da manhã. Então voltaram a fazer troça dele. No seu terceiro dia, ele também foi gozado, mas desta vez por um motivo muito diferente. O rapaz afirmava que tinha um cavalo que estava à sua frente, mas os colegas e professores não concordavam, todos achavam que era apenas fruto da sua grande imaginação fértil. Zangado, regressou a casa para tomar um banho de água quente e acalmar-se. 

No dia seguinte, foi para a “Escola de Cavaleiros” de cabeça erguida e muito otimista. Como no dia anterior, ele afirmou que o seu cavalo estava à sua frente a correr de um lado para o outro, mas os colegas e professores não concordaram. Ele determinado a provar que tinha razão, montou o  cavalo graciosamente. Todos disseram espantados ao mesmo tempo:

-Como é que é possível!

O rapaz, já com um sorriso no rosto, desmontou o cavalo e a aconselhou os colegas:

-Queridos colegas, só puderam ver este magnífico animal se o imaginarem e acreditarem nele!

Os que rodeavam o rapaz e o cavalo fecharam os olhos, estenderam as mão e, finalmente, viram-no e conseguiram senti-lo. 


Ana Carolina Gonçalves, 6.º F


A natureza


A natureza está

a florir

fazendo a floresta sorrir

e se divertir.


Os fogos dos malfeitores

apagam pouco a pouco

o que nos resta.

Por isso temos de proteger a floresta!


Plantar árvores e 

apanhar lixo do chão

ajuda a fortalecer

o que temos de proteger.


“Sempre dispostos a ajudar!

Com um orgulho no coração”

Cantamos o lema noite e dia.

Sempre a ajudar sem nunca parar.


Afonso Costa, 6.ºF


Pancake Day

Pancake Race - Grupo de alunos / Foto: Cristina Silva 
Nos dias 27 e 29 de fevereiro, os alunos do 5.º ano participaram numa Pancake Race / Corrida de Panquecas, seguindo uma tradição anglo-saxónica, nas escolas EB n.º1 e EB n.º2.
A atividade, que constituiu um Domínio de Autonomia Curricular, foi dinamizada pelos professores de Inglês, de Educação Física, de Educação Musical e pelo CATL da Escola Básica n.º 2.
Os alunos participaram com entusiasmo, tentando cumprir o percurso planeado pelos professores de Educação Física no tempo mais curto possível, sem penalizações, por deixarem cair a panqueca ou por não a atirarem nos momentos próprios. No final, houve pequenas lembranças para as equipas vencedoras.
Pancake Race Professores com faixa / Foto Marta Pinto

Pancake Race Alunos no início do percurso / Foto: Cristina Silva

Ana João, docente de Inglês

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura     Placard Escola Secundária da L...