Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura
O 2º poema é Liberdade querida e suspirada, de Bocage.
Neste poema, dedicado à Liberdade, o poeta dirige-se à Liberdade, «Que o Despotismo acérrimo condena», e pede-lhe que o venha libertar.
Luís Moura, docente de Português
2. Liberdade querida e suspirada
Liberdade querida e suspirada,
Que o Despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena,
Que o sereno clarão da madrugada!
Atende à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada;
Vem, oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais que os astros brilha;
Vem, solta-me o grilhão da adversidade;
Dos céus descende, pois dos Céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!
Manuel Maria de Barbosa du Bocage
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