domingo, 26 de março de 2023

Tudo é possível

Camila, Bárbara, Beatriz F., Francisco, Deon, Vanessa, Sophia, Joana, alunos do 3º E do Casal de Santo António

Era uma vez uma menina chamada Mariana que tinha uma porquinha chamada Mia.
Certo dia a Mariana pegou nos seus cristais mágicos, que lhe permitiam mudar de tamanho sempre que quisesse, e resolveu ir até à floresta com a Mia. Quando lá chegou, foi apanhar as bolinhas brancas dos cogumelos vermelhos para dar comida aos esquilos. Foi uma tarefa difícil porque a Mariana estava muito pequenina.
Cansada, decidiu afastar-se um pouco da floresta e construir uma aldeia de pescadores ao pé do mar. A Mariana, agora, estava gigante e, depois de, rapidamente, empilhar as casas, foi navegar com a Mia. O seu barco era feito de casca de noz e de um tronco que ela usou como mastro. A Mariana estava, de novo, pequenina.
Entrou num portal mágico e chegou a uma sala que tinha frascos pendurados. A Mariana escolheu dois, o que tinha um capacete, que tirou e guardou, e outro com uma lua e estrelas. A menina abriu o segundo frasco e sentou-se na lua, enquanto contava as estrelas com a ajuda da Mia.
Imaginando que era um avião, começou a correr com os braços abertos em direção a um livro gigante em formato 3D. Subiu as escadas e foi ter a um sítio escuro onde encontrou animais presos em gaiolas e viu um urso azul, gigante.
- Liberta os animais, por favor! – pediu o urso.
A porquinha olhava para tudo com medo, mas Mariana começou a soltar os animais e a Mia ficou feliz.
Saíram do livro e a Mariana começou a pintar uma borboleta numa parede. Depois, para fazer outro desenho, a menina puxou o fio de tinta com tanta força que caiu. Estava, agora, sem ideias. Então, a porquinha ofereceu um lápis para que ela continuasse a desenhar e Mariana desenhou uma escada. Ao subir, foi ter a um jardim com flores roxas e regou-as. Terminada a tarefa, saiu do portal.
Mariana estava, de novo, na floresta. Decidiu apanhar folhas secas que enrolou e coseu. Por fim, colocou o capacete que guardara, na cabeça de Mia e, soprando com força num dente-de-leão… abracadabra… a Mia estava a voar!




Ana Clara, Beatriz, Carlos, Leonor, Luana, Miguel e Zoe, alunos do 3ºE do Casal de Santo António

Era uma vez uma menina chamada Aurora que tinha uma porquinha como animal de estimação.
Certo dia, a Aurora olhou para o seu “Quantos queres?” e calhou “Passar o dia na floresta”, algo de que ela gostava bastante.
Chegada à floresta, a Aurora sentou-se rodeada pelos seus amigos animais e decidiu ir até ao campo de cogumelos vermelhos, gigantes, para recolher as pintinhas brancas, o alimento preferido dos esquilos. Rosinha, a porquinha, acompanhava-a, observando tudo o que a menina fazia.
De seguida, foi ao extremo da floresta onde havia uma aldeia piscatória com pequenas casas que estavam vazias. Aurora começou a empilhar as casas para fazer uma construção. Cansada desta brincadeira, construiu um barco com a casca de uma noz e foi navegar com Rosinha. Chegou a um lugar misterioso que tinha muitos frascos com objetos diferentes. Escolheu três: um, com uma lua e algumas estrelas; outro, com pirilampos; o terceiro, com um pequeno capacete. Abriu o primeiro frasco e a lua e as estrelas ficaram gigantes. A Aurora sentou-se na lua, pegou numa estrela e começou a brincar com Rosinha.
A dado momento, teve uma ideia e, sempre seguida pela porquinha, foi a correr até à biblioteca mágica que ficava no “Livro de Ciências”. Subiu as escadas e foi ter a um lugar estranho. Era noite… e a Aurora viu um guardião, um urso branco, enorme, que explicou à menina a razão de os animais estarem presos. Depois de conversar mais algum tempo com Aurora, o urso ofereceu-lhe a chave que abria todas as gaiolas, e a menina libertou as borboletas.
Aurora abriu o frasco dos pirilampos e voltou a ser dia. Então, de novo na floresta, a Aurora começou a desenhar, mas ficou aborrecida. Rosinha ofereceu-lhe um lápis e a menina desenhou umas escadas. Acompanhada pela porquinha, subiu e foi ter a um jardim com flores gigantes que estavam com sede. Aurora regou-as.
Entretanto, teve outra ideia: juntou folhas secas, enrolou algumas, coseu outras e terminou a tarefa que se propusera realizar. Finalmente, abriu o terceiro frasco, colocou o capacete na Rosinha, soprou, com muita força, num dente-de-leão e …
Tudo é possível! Com umas asinhas de folhas secas presas às costas, a Rosinha estava a voar!


Semana da floresta





O dia 21 foi um dia diferente!
Houve uma parte do dia em que semeámos girassóis solidários, para ajudar a Associação Pedrinhas.
No final do dia, tivemos uma aula diferente.
A Sofia, mãe do nosso colega Duarte, que é técnica de serviços florestais, veio à nossa sala falar-nos das árvores: o que elas nos dão, como são, quais as suas diferenças, como pudemos saber quantos anos têm…
… e no final fomos plantar um medronheiro.
Foi muito divertido.

1º B

SEMANA da EMPATIA na Escola Básica Nº1 da Lousã






De 13 a 17 de fevereiro, decorreu a Semana da Empatia na Escola Básica Nº1 da Lousã, organizada pelos alunos do Clube UBUNTU.
Os alunos tiveram a ideia de pintar um mural com a T-shirt UBUNTU, rodeada pela marca das suas mãos, que representam os cinco pilares da filosofia do grupo UBUNTU: autoconhecimento, autoconfiança, resiliência, empatia e serviço.
Nas aulas de Português das quatro turmas do oitavo ano, os alunos do clube apresentaram o vídeo do conto “Escutar o Bosque” e ajudaram a turma a refletir sobre ele. Com esta história aprendemos que cada “príncipe tem de aprender a ouvir o que não se ouve, para conseguir governar o seu futuro povo”, ou seja, cada pessoa tem de aprender a ouvir as outras e a saber compreendê-las para conseguir enfrentar os seus problemas e ajudar as outras pessoas a enfrentá-los.
Nas aulas de Educação Física concretizaram a dinâmica “O Melhor de Ti” já realizada na semana UBUNTU. Os alunos distribuíram canetas coloridas, colaram nas costas dos colegas uma folha branca A4 e, de seguida, explicaram aos participantes que, durante o jogo, iriam escrever nas costas dos seus colegas características positivas, pontos fortes ou talentos que reconheçam neles. Terminado o tempo, os participantes leram a sua folha. Esta atividade faz a outra pessoa acreditar no que é e do que ela é capaz.
Partilhamos, numa exposição digital, as fotografias da nossa Semana Ubuntu. O ecrã estava junto à Biblioteca Escolar e gerou grande curiosidade de todos na nossa escola!

Ana Lopes e Nuno Buraca, 8º I

Dia Internacional da Felicidade


A turma E do 2º ano celebrou o Dia Internacional da Felicidade com uma manhã dedicada ao tema.
Regista-se uma síntese das atividades desenvolvidas pela turma do 2º E, da Escola Básica Nº 1 com Jardim de Infância de Santa Rita, para celebrar este dia especial:
1. Debate sobre os temas "O que é ser feliz?"; "Qual o sentido da vida?"
2. Leitura comentada do livro "O sentido da vida", de Oscar Brenifier e Jacques Duprés.
3. Escrita individual de um texto sobre um dos temas "Afinal, o que é ser feliz?"; "Sinto-me feliz quando..."; "Para mim, o sentido da vida é..."
4. Elaboração de um cartaz com frases e ilustrações dos alunos.

Salomé Correia, professora do 2º E

sexta-feira, 17 de março de 2023

Peddy-Paper no Jardim de Infância da Lousã


No Jardim de Infância da Lousã foi realizada uma Atividade de Articulação Curricular entre o Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico.
As turmas D e E acolheram os alunos das turmas A e B do 2º Ano da Escola Básica Nº2 e apresentaram a atividade “Peddy-Paper no Jardim de Infância”.
Constituíram-se equipas para a realização de um percurso pelos diversos espaços exteriores do Jardim de Infância, ao longo do qual, cada uma tinha de superar 5 provas, sempre de forma descontraída e divertida. Cada uma destas provas instigou à reflexão e ao exercício de competências essenciais no âmbito dos relacionamentos interpessoais.
Assim, de uma forma lúdica, promoveu-se o convívio e a interação entre as crianças mais novas e as mais crescidas, fomentando a comunicação, cooperação, resolução de problemas, tomada de decisão e gestão de conflitos.
Foi uma manhã muito bem passada e todos se divertiram a procurar as pistas escondidas e a tentar cumprir todas as tarefas, demonstrando um verdadeiro trabalho de equipa!

Susana Peres e Teresa Saramago, Educadoras do Jardim de Infância da Lousã

PROMOÇÃO DE VALORES E PRÁTICAS ECOLÓGICAS “NÃO LIXES”



Fernando Paiva, ativista e líder do movimento cívico ambiental “Não Lixes” esteve no Auditório da Biblioteca Municipal Comendador Montenegro da Lousã, no dia 10 de janeiro, onde deu duas palestras para 150 alunos da Escola Secundária, para além das quais aceitou dar resposta à nossa entrevista.

A escolha do nome “Não Lixes” para o movimento cívico ambiental é mesmo boa onda. Um trocadilho bem sugestivo. Como surgiu?
Foi uma campanha que começou em Coimbra por causa da recolha dos carros de compras dos supermercados furtados pelos estudantes e atirados ao rio de Coimbra, aquando das festas académicas, nomeadamente a “Festa da Latada”. Foi então que um publicitário nos ajudou e fez um cartaz a dizer “Não lixes o Mondego” e eu tirei a palavra “Mondego” e fiquei só com o “Não Lixes”. Achei o nome fixe!

A ideia da criação deste projeto por si encabeçado partiu só de si ou houve alguém ou algo que o inspirou?
A inspiração vem da Mãe Natureza que é algo pelo qual estou apaixonado. Eu é que tive a ideia de começar a ser ativista para a proteger dos malefícios que alguns de nós, às vezes, trazem e que a prejudicam. Sem ela, nós não conseguimos sobreviver. Portanto, isto partiu de mim e do ensinamento dos meus pais, que me incutiram que devemos ter um respeito pela Natureza muito grande.

De onde vem o seu interesse pelo meio ambiente? Remonta à infância?
Sim, sem dúvida. Nós até criticamos os nossos pais quando, no fim de semana, dizem que vamos à serra, à praia ou ao mar, porque preferíamos ficar em casa, mas essas experiências ficam gravadas. Tudo o que fazemos na nossa infância fica gravado na memória e, quando alcançamos a idade adulta, recordamos as vivências da nossa infância que nos foram incutidas pelos nossos pais. Quando estas experiências são práticas saudáveis, mantêm-se connosco toda a nossa vida e são transmitidas por nós aos nossos filhos e à geração seguinte, o que é ótimo.

O surf é a sua paixão. Lembra-se de algum episódio marcante de agressão à “Sua Majestade”, expressão que usa para referir o mar?
Tantas…de petróleo. Cada vez que vou ao mar, faço surf e windsurf ou vou nadar e trago sempre lixo: plástico, um saco, redes de pesca, animais feridos. Eu acho que as coisas infelizmente estão a piorar, porque senão eu não vinha às escolas. Eu quero é chegar lá, ver tudo limpo e os animais felizes. Já surfei com tubarões, com golfinhos. É brutal! Já fiz windsurf, que é uma prancha com uma vela, e via um albatroz a voar ao pé de mim, a uma distância de dois metros, a planar e a ver o que é que eu era. É brutal! Quando se cria afinidade com os animais, é como com um cão ou com um gato, criamos afeto, cativamos, ficamos apaixonados e defendemos. Se estivermos sempre em casa nos computadores e nos telemóveis, bem que os animais podem estar a morrer desde que tenhamos Net…

Da experiência e do contacto que tem no terreno com o desrespeito pela natureza, na sua opinião, os adolescentes de hoje em dia já têm boas práticas ambientais interiorizadas e estarão suficientemente sensibilizados para os problemas que terão de enfrentar no futuro ou ainda têm um “longo caminho a percorrer”?
Há de tudo! Vocês têm muita informação e sabem que o planeta está a passar uma fase de emergência climática. Há uma coisa da qual era bom terem a noção, que é a diferença entre emergência e urgência. Quando se vai na estrada e se vê uma ambulância, todos os carros param e deixam-na passar. Não há carro nenhum que se ponha à frente de uma ambulância e que diga: “Espera aí. Quero que te lixes.” Não há nenhum carro a fazê-lo. As pessoas aí têm sentido cívico. Isso é uma emergência. Outra coisa é irmos à urgência do hospital porque nos dói alguma coisa, e as pessoas acham que isso é mais forte do que um veículo de emergência e não é! Nós estamos em emergência climática e os cientistas estão todos a dizer-nos que temos que reinventar a forma como vivemos e a maior parte dos jovens com quem eu falo sabe que este problema existe. No entanto, eu digo-lhes para ficarem com o seu telemóvel pré-histórico e não trocarem de telemóvel todos os anos e eles dizem: “Não, este tem altas câmaras e faz outras coisas e eu quero estar ligado.” Estão a perceber? Cada um de nós é que tem que adaptar o seu estilo de vida para consumir menos coisas e produzir menos lixo e menos emissões de gases de efeito de estufa. Vendi o meu carro, ando de bicicleta. Entendem? Têm que abdicar de coisas, senão não vale a pena terem filhos. Vamos pôr aqui um miúdo e dizer o quê? “Olha eu sabia que o planeta estava a explodir, mas queria com a tua mãe ter uma criança”. Cada um de nós tem que fazer o trabalho de casa. Isso é que é o importante!

Como avalia o impacto do seu movimento?
Essa é uma questão delicada! Em Coimbra o impacto tem lados positivos e negativos. O lado positivo é: há dez anos que andamos a impedir que o lixo chegue ao rio, há dez anos que, tendo sido criado aquele parque, junto ao rio Mondego, os carros de compras não são despejados no rio, portanto o impacto aí é positivo. Agora, também fico aquém das minhas expectativas. Eu gostava de, como ativista, não precisar de fazer certas coisas durante tantos anos e vir a Coimbra, uma vez que atualmente vivo na Barra, na praia. Anseio não precisar de ir tantos anos consecutivos a Coimbra dizer aos estudantes que não se deve atirar lixo para o rio.

Portanto, há pontos positivos, assim como também há pontos menos bons. Quanto aos menos bons, nós tentamos que eles se tornem melhores nos anos seguintes. Vamos ver!
Considera que o seu movimento motiva muitos jovens a participar nestas ações? Que apelo lhes faz?
Se tenho muitos jovens nas minhas ações, isso é resposta que terá que ser dada por vocês quando assistem às palestras. Depois de uma palestra, se alguns de vocês se sentirem motivados para defender a natureza, a resposta é sim, considero que há jovens que ficam motivados. O apelo é lutarem por um planeta sustentável para que tenham um futuro risonho. Por exemplo, houve uma notícia a nível mundial que foi ótima. Foi sobre energia nos Estados Unidos onde cientistas descobriram a fusão nuclear e conseguiram quase que duplicar a quantidade de energia no início da reação. Isto, depois vão estudar em química e em física mais tarde. Portanto, há notícias motivadoras que devem encorajar a nova geração, que são vocês, a lutar por energias limpas que ajudem o planeta a continuar a ser sustentável tanto para a nossa espécie como para as outras espécies. Assim, estarão a lutar por uma família e por um ambiente melhor e isso é o que interessa.

Já alguma vez fez alguma intervenção na Lousã? Em que situação, por exemplo?
Limpei os arredores da escola, onde os vossos colegas atiram cigarros para o chão, restos de produtos descartáveis que compram nas máquinas de venda, por exemplo, refrigerantes e deitam as latas para o chão à volta da escola. Nós apanhamos na altura imenso lixo.
Vocês, que andam na escola, vêem os vossos colegas a atirar lixo para o chão e não querem saber.

Quando foi?
Foi na primeira vez que vim cá, à Lousã. Já não me lembro bem. Já faço isto há dez anos. A ‌‌‌minha memória não dá para tanto.

O que diferencia este movimento de outros movimentos ambientais?
Boa pergunta! Foi a primeira vez na vida que me fizeram esta pergunta em dez anos de ativismo. Estou muito contente por a terem feito. É uma coisa muito simples. Eu não sou apoiado momentaneamente por nenhuma empresa, nem nenhuma entidade, nem por ninguém. Eu faço isto mesmo por amor à causa comum e à defesa da Mãe Natureza. Eu não recebo qualquer tipo de incentivo para fazer isto, eu não me valho do ambiente para ganhar dinheiro. Sou treinador de surf e isso é o suficiente para eu fazer face aos meus custos.

O que aprendeu de novo desde a criação do movimento “Não Lixes”?
Que as pessoas com boa alma e juntas conseguem mudar o mundo se quiserem.

As pessoas são ou não são cegas ao nível de poluição em Portugal? Têm comportamento de avestruz?
Nós somos um bom povo. Adoro Portugal, adoro o nosso país. O problema não está nas pessoas, o problema está nos governantes que não fazem a aplicação de multas. Por exemplo, vai-se até à Alemanha, arranja-se uma namorada e quer-se ir para lá viver. Se atirarmos lixo para o chão, temos logo um polícia que vem ter connosco. Levamos uma multa de cinquenta euros. Não temos connosco os cinquenta euros, quando chegarmos a casa, já será uma multa de cem euros. Também não temos cem euros em casa? Vamos ter que limpar aquela rua toda durante um mês. Aqui em Portugal não. Aqui atiramos lixo ao chão e não acontece nada, mas existem as leis. Têm que ir ao bolso das pessoas. Tem que ser isto com a indústria, com pessoas que não separam o lixo, contra carros que estão a trabalhar desnecessariamente. Por exemplo, lá fora, não podemos ter um carro a trabalhar para ter o ar condicionado ligado se não estivermos a andar, pois a polícia vai ter connosco e diz-nos: “Então o carro está a trabalhar porquê?” e à resposta: “Ah, porque estou à espera da minha filha que vai sair agora da escola e quero que esteja no quentinho”, levamos uma multa e pagamos. Passou a mensagem? Tem que se pagar, tem que sair do bolso.

Como ativista, esta sua estratégia é a melhor para reciclar consciências. Todos o poderiam ser um pouco. O que lhes falta?
Falta utilizarmos a melhor arma que o planeta Terra conhece para mudar as pessoas e que se chama dinheiro. Se eu vir uma pessoa que atira lixo para o chão e houver um polícia que a multa diretamente, ela vai deixar de o fazer. A mesma coisa acontece na autoestrada. Dou sempre este exemplo. Eu posso pôr cartazes na autoestrada a dizer assim: “Andem devagar por causa do ambiente, por causa das abelhas” e os condutores não querem saber desse cartaz para nada. Se eu meter outro cartaz a dizer assim: “Cuidado, estão radares e estão carros descaracterizados da brigada de trânsito” e isso vai dar pontos na carta e vão parar multas a casa, aí as pessoas começam todas a andar devagar. O mesmo se deve passar com as questões ambientais, pois temos de multar as pessoas infratoras, sejam empresas que atiram detritos para o rio de forma indiscriminada, por exemplo, as pecuárias que atiram muita água suja, sejam pessoas que atiram lixo para o chão ou que não separam o lixo. Quando começarmos a multar pessoas que não fazem bem, elas passam logo a agir bem porque todas elas se interessam pela quantidade de dinheiro que têm.

Sim. Existe legislação nesse sentido, no entanto esta fica no papel, as normas não são cumpridas, há falta de supervisão. Se houver controle, há inimizades. Acabamos por ter uma pescadinha de rabo na boca e enquanto as pessoas não tomarem uma atitude diferente as coisas não vão melhorar. Temos que ter esperança e sobretudo agir porque se não agirmos não vamos ter resultados, não vamos lá chegar. Para tudo são precisas ações. Partilha desta opinião?
Tal e qual. Agora vou dar uma dica a si, professora, e à sua excelente turma de alunos que colocaram questões muito inteligentes e muito pertinentes e que é esta: quando falo com o poder local, sejam presidentes de câmara, sejam ministros, coloco sempre o enfoque numa força que nós temos que está parada, paga por todos nós, que nos podia ajudar a fazer esse controle e que se chama exército. Nós passamos há pouco uma fase muito complicada, a da Pandemia, e o exército foi importante para que as coisas corressem bem. É uma força que está muito treinada e muito disciplinada. Se nós utilizássemos o exército, que graças a Deus não está em guerra, pelo menos uma parte dele, pois só as forças especiais podem ter uma missão ou outra, para ajudar a GNR, a brigada ambiental, a Polícia de Segurança Pública, as Polícias Municipais, tudo seria mais fácil, no meu ponto de vista.

Temos tantos recursos humanos disponíveis que não são devidamente canalizados e aproveitados em prol daquilo que viria a resolver muitas das situações. Deveriam ser transferidas competências para onde há capacidade para o fazer. Este é, para si, ponto assente, certo?
Claramente. Parabéns aos seus alunos. Foi um gosto muito grande ter ido ao vosso encontro e ter participado nesta entrevista. Quando quiserem ir dar um mergulho à “Sua Majestade, o mar”, venham que eu terei todo o gosto. Deixo aqui o meu convite. E lembrem-se que o amor vence sempre.

Fernando Paiva, ficamos muito agradados e estamos muito agradecidos por este momento tão especial que nos concedeu.

Esta atividade foi desenvolvida pela turma do 11ºA na disciplina de Português para integrar o tema “Sonhar com um Mundo Melhor” no âmbito do projeto Cidadania e Desenvolvimento.

sexta-feira, 10 de março de 2023

"Belle"

 

Belle é um filme de Amma Asante, que retrata uma história verídica, inspirada numa pintura de 1779. Além do racismo e da escravatura, um dos principais temas abordados é o machismo tão comum naquela época.
A objetificação feminina na sociedade existe desde o Antigo Egipto. Era (e para alguns ainda é) considerado normal o único papel da mulher na sociedade ser uma esposa, dona de casa e mãe.
Belle foi educada para cumprir regras estabelecidas pelo patriarcado. O mais importante para uma mulher naquela época era arranjar um marido que a pudesse sustentar. Belle, para além de ser uma mulher, era também negra, o que era uma dupla condição desfavorável na alta sociedade.
Séculos se passaram e infelizmente a mulher ainda tem de lutar para conquistar os seus direitos de igualdade face ao homem.
Alice Santos, aluna do 9ºE

O filme é inspirado na pintura de 1779 de Dido Elizabeth Belle ao lado de sua prima Lady Elizabeth Murray e, no meu ponto de vista, revela um acontecimento que, para mim, é um grande avanço em relação ao racismo, por inúmeras razões.
Em primeiro lugar, Dido nasceu escrava e ilegítima, contudo, ela acabou por ser aceite na família dos Murray a pedido de John Lindsay, seu pai. Isto no século XVIII era algo inimaginável.
Em segundo lugar, a decisão de William Murray contribuiu para a abolição da Lei do Comércio de Escravos, no Império Britânico, que permitia o comércio de escravos, o que nunca tal deveria ter acontecido e muito menos ter-se tornado uma lei oficial.
Infelizmente, a abolição desta lei não sanou por completo a prática da escravidão e Dido sofreu muito racismo a sua vida inteira. Sim, Dido sofreu muito pela sua condição, no entanto, a decisão de William Murray foi crucial para a abolição de uma lei que, surrealmente, julgava as pessoas pela sua cor de pele e, como se isso não bastasse, comercializava-as, tornando-as escravas de pessoas abastadas, de pele clara que achavam ser seus donos e que delas se serviam para satisfazer todos os seus caprichos.
Em suma, este filme fala sobre algo que, inacreditavelmente, acontece, e retrata o absurdo do comércio de escravos e sua abolição, que dá lugar à liberdade e igualdade a todo e qualquer ser humano, independentemente da sua cor de pele. Seria ótimo concluir que mudou em tudo a história do racismo, mas ainda há mentes que vivem, em parte, na era de Dido…
Diogo Lobo, aluno do 9ºE

Na aula de Português, visionamos o filme Belle, que retrata a vida de Dido, a filha do capitão britânico John Lindsay com uma escrava africana.
Após a morte da mãe, Dido vai morar com o tio, Lorde Mansfield, para ser criada como uma dama da aristocracia. A jovem apaixona-se pelo advogado John Davinier, mas esse relacionamento irá enfrentar os preconceitos da sociedade inglesa.
Na minha opinião, o filme Belle é muito bom, pois baseia-se na luta contra o racismo e a escravidão que, infelizmente, ainda são atuais.
Em primeiro lugar, acho que faz falta este tipo de filmes, que mostram que somos todos pessoas e que o que importa é o que somos e não a nossa cor ou o nosso estatuto social.
Em segundo lugar, as imagens são incríveis, tal como o guarda-roupa e o elenco. O facto de este filme ser baseado numa história real só o torna ainda melhor.
Por fim, aconselho-o a quem gosta de romances e de história política.
Daniil Kyslyi, aluno do 9ºE

quinta-feira, 9 de março de 2023

“Miúdos a Votos – livro mais fixe 2023”

Na Escola Básica Nº1, em conjunto com Jardim Infância de Santa Rita, fizemos um painel, no átrio da escola, e uma exposição dos livros candidatos ao concurso Miúdos a Votos. Recolhemos os livros existentes na Biblioteca Escolar e outros cedidos por docentes e encarregados de educação, para que todos pudessem ter acesso aos mesmos, ler e manusear as obras candidatas, durante os intervalos (no período da campanha eleitoral).
Com a campanha, divulgada em todas as turmas, pretendia-se que, individualmente ou em grupo, os alunos fizessem campanha eleitoral pelos livros preferidos, da melhor forma que entendessem. A maioria optou por fazer cartazes que foram colocados no expositor criado para o efeito e acessível a todas.
Estamos ansiosos e ansiosas para que chegue o dia do ato eleitoral e cada um possa expressar de forma livre e democrática a sua preferência no boletim de voto.

Salomé Correira, professora coordenadora do projeto

sexta-feira, 3 de março de 2023

Persépolis: a atualidade de uma curta-metragem de animação


No dia 19 de dezembro, a turma G do 9º Ano assistiu, no auditório da Escola Básica nº 1, ao filme Persépolis realizado por Marjane Satrapi.
Esse filme foi selecionado pela equipa do Plano Nacional do Cinema do Agrupamento, porque aborda assuntos atuais, como os direitos humanos, o regime autoritário do Irão, desigualdade de género e exílio forçado, sendo temas que se discutem na sala de aula, por exemplo, nas disciplinas de História e Cidadania e Desenvolvimento.
Durante cerca de 95 minutos, os alunos conheceram a história de Marjane, a menina que, aos oito anos, presenciou uma revolução no Irão e que, aos catorze, foi enviada, pelos pais, para outro país, onde sofreu com a indiferença dos outros por ser estrangeira.

Camila, Rafaela, Larissa e Stéphane, alunos do 9ºG

Luta pelo ambiente

Um super herói eu quero ser Para o mundo poder salvar A poluição vai desaparecer E o planeta contente vai ficar Para salvar o mundo Vais ter...