terça-feira, 30 de abril de 2024

Intercâmbio Centros de ATL Cáritas

 Participante no intercâmbio / Foto: Equipa Cáritas

Nos dias 4 e 5 de abril, um grupo de cerca de 70 jovens dos Centros de Atividades da Escola Secundária da Lousã, EB 2 da Lousã e Vila Nova de Poiares estiveram presentes num intercâmbio na Sede do Agrupamento de Escolas da Lousã.
Os jovens participaram em dinâmicas que permitiram posteriormente refletir sobre comportamentos de grupo e individualizados.
Houve momentos de partilha e descoberta nas atividades dinamizadas, entre as quais um “Peddy Paper” pela vila da Lousã, caminhada ecológica e cultural ao Castelo e ermidas.
A realização destes campos de trabalho permite que os jovens se conheçam entre si e que deem a conhecer o meio em que estão inseridos.
As monitoras dos centros participantes agradecem o acolhimento e a cedência de espaços na Escola Secundária da Lousã, tal como a confiança depositada em nós por parte dos pais.

A Equipa Cáritas Jovem, Susana e Sandra

Participante no intercâmbio / Foto: 
Equipa Cáritas


 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Luta pelo ambiente

Um super herói eu quero ser
Para o mundo poder salvar
A poluição vai desaparecer
E o planeta contente vai ficar

Para salvar o mundo
Vais ter de colaborar
Juntos unidos
O vamos consertar

Tantas maneiras de o fazer
Quais iremos escolher
Temos todos de pensar
Para podermos começar

Já é tempo de agir
As coisas vão ter de mudar
Nós somos a próxima geração
Vamos ter de lutar

O mundo está uma desgraça
Quase sem árvores ou animais
Um dia destes o oxigênio falta
E nós não temos muito mais


Ana Carolina Gonçalves, 6.ºF

Jovens Jornalistas

Benedita Coelho e Maria Santos, Jovens Jornalistas
Foto: Eugénia Pardal
O 3° Encontro Nacional de Jovens Jornalistas ocorreu de 9 a 11 de abril, em Ponte de Lima e teve a organização do Jornal O Público. Quando soubemos do convite ficamos ambas muito entusiasmadas pela oportunidade de partilha de conhecimentos, de os aprimorar e de conhecer novas pessoas.
Ficamos alojadas no centro educativo de Ponte de Lima e tivemos oportunidade de participar em diferentes workshops, tais como Podcast e escrita de notícias. Também fizemos caminhadas e participamos num desafio chamado Aventura Digital no Rio do Esquecimento, tendo o nosso grupo ficado em primeiro lugar.
Só temos a apontar duas coisas negativas sobre o encontro: ser pouco tempo e a agenda ser muito apertada.
Foi uma experiência única, na nossa formação, para além de ter sido muito divertido. Ficamos também com o bichinho do jornalismo e quem sabe um dia ser uma área a ponderar no futuro.

Benedita Coelho, 7.º E e Maria Santos, 7.ºG

Alunos do 12º ano na inauguração do mural de homenagem a Alberto Martins, em Coimbra

 

Mural de homenagem a Alberto Martins e à Crise Académica de 1969
Foto: Alunos da Status

No dia 17 de abril, os alunos de História A do 12.º ano deslocaram-se a Coimbra, para assistir à inauguração do mural de homenagem a Alberto Martins e à Crise Académica de 1969, na presença do Sr. Presidente da República.
O mural, da autoria dos artistas c’Marie e Egrito foi realizado para comemorar os 55 anos do início da Crise Académica de 1969 e no âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. Neste dia, Alberto Martins, então presidente da Associação Académica de Coimbra, pediu a palavra ao chefe de Estado, Américo Thomaz, durante a inauguração do edifício das Matemáticas, num gesto de contestação contra a política do governo. Mas foi impedido de o fazer.
No discurso que proferiu, Alberto Martins relembrou os acontecimentos, inclusivamente a sua suspensão às aulas, juntamente com a de mais sete colegas.
Os alunos realizaram também uma visita às instalações da Associação Académica, guiados por dois membros da sua Direção.
Foi uma tarde enriquecedora, que permitiu aos jovens tentar compreender o que é viver sem liberdade de expressão e, por outro lado, familiarizar-se com um ambiente que provavelmente irão frequentar no próximo ano letivo, quando ingressarem no ensino superior.

Inês Ribeiro, docente de História
Visita às instalações da Associação Académica,
Foto: Alunos da Status

quinta-feira, 25 de abril de 2024

1.º Poetry Slam do Agrupamento de Escolas da Lousã

 

1.º Poetry Slam AEL / Foto: Liliana Brites
No passado dia 20 de março, teve lugar o 1.º Poetry Slam do AEL, atividade do Plano Anual de Atividades. A atividade decorreu online, com a participação de 37 alunos dos 5.º e 6.º anos. Nesta festa da poesia, os alunos tiveram a possibilidade de declamar poemas de autoria própria em Português e Inglês. Foi uma tarde cheia de alegria e poesia. A direção da escola fez-se representar através do Dr.º Carlos Eça, a quem a organização agradece. Um agradecimento especial a todas as professoras que motivaram os seus alunos para esta atividade e em especial à professora Liliana Brites, pela coordenação da parte do Inglês.

Agora é tempo de divulgar os vencedores:

1.º lugar - Bárbara Ferreira - 6.ºC

2.º lugar - Maria Paulo - 5.ºD

3º lugar ex aequo - Ana Carolina Gonçalves - 6.ºF e Leonor Rosa - 5.ºD.

Parabéns aos vencedores! Parabéns a todos os participantes!

Eugénia Pardal, docente de Português, organizadora e responsável pela atividade.


25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Imagem criada por Inteligência Artificial

O último poema, Grândola, vila morena, é uma canção, de José Afonso, que foi escrita em honra da sociedade musical da vila alentejana de Grândola. Foi apresentada, no dia 17 de maio de 1964, precisamente na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, por José Afonso, no espetáculo que aí decorreu. José Afonso inspirou-se nos valores e no espírito comunitário de fraternidade, igualdade e solidariedade da sociedade musical e comunidade daquela vila alentejana. Depois, sete anos mais tarde, em 1971, Grândola, vila morena integrou o disco Cantigas de Maio que o autor gravou, em França, juntamente com José Mário Branco, Francisco Fanhais e Mário Correia (Bóris). Posteriormente, no dia 25 de abril de 1974, foi tocada, às 00h20, no programa Limite, transmitido pela Rádio Renascença, e constituiu a 2ª senha da Revolução do 25 de Abril, indicando que os militares, que já estavam a postos, depois de terem ouvido a 1ª senha, a canção E depois do Adeus, deviam sair dos quartéis e darem início ao movimento revolucionário, marcando, assim, o arranque das operações do MFA, que viria a pôr fim ao regime do Estado Novo e da Ditadura. Esta canção, escrita em honra da vila alentejana de Grândola, escapou à Censura e, para além de um canto coletivo, constitui um hino que ficou e ficará sempre para a história e memória, representando não só a Revolução do 25 de Abril, mas também os valores da Liberdade, da Fraternidade, da Igualdade, da Democracia, para que nunca se esqueça que «O povo é quem mais ordena/Dentro de ti, ó cidade».

Luís Moura, docente de Português

50. Grândola, vila morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

José Afonso, 1971

Aqui fica a canção de José Afonso: 

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Imagem criada por Inteligência Artificial

O 50º poema, E depois do Adeus, é uma canção, cuja letra é de José Niza, a música de José Calvário e que foi interpretada por Paulo de Carvalho no Festival RTP da Canção de 1974. Venceu e, por isso, representou Portugal no dia 6 de abril no Festival Eurovisão desse ano, em que ficou em último lugar ex aequo com as canções da Alemanha, Suíça e Noruega.
Depois, foi usada como a 1ª senha da Revolução do 25 de Abril, às 22 horas e 55 minutos, do dia 24 de Abril de 1974, indicando que os militares se deviam aprontar e estar a postos, aguardando a 2ª senha, a canção Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso, para, aí, sim, saírem dos quartéis e darem início à revolução.
A canção E depois do Adeus foi a escolhida como a 1ª senha, pois não era revolucionária, nem tinha qualquer mensagem subversiva ou que pudesse suscitar qualquer suspeita do que estava em curso. O poema exprime uma história de amor que terminou e que, como qualquer amor, trouxe felicidade, paixão, enquanto durou, mas também sofrimento, tristeza, desilusão depois de terminar: «amar/É ganhar/E perder». Por isso, o título «E depois do Adeus» não tem qualquer mensagem política de referência ao fim da ditadura como se possa ser levado a pensar, sendo apenas uma canção de amor, que exprime a desilusão do fim de uma relação amorosa, mas ficou para sempre associada à Revolução do 25 de Abril e ao fim do Regime do Estado Novo, marcando o reunir das tropas que, depois, fizeram essa mudança, há muito esperada, que nos trouxe a Liberdade e a Democracia.

Luís Moura, docente de Português

50. E depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Música: José Calvário
Letra: José Niza
Intérprete: Paulo de Carvalho

Aqui fica a canção interpretada por Paulo de Carvalho no Festival RTP da Canção de 1974:

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

quarta-feira, 24 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 49º poema, 25 de abril, de Sophia de Mello Breyner Andresen, como o próprio título indica, celebra a chegada desse dia esperado, que trouxe essa mudança há muito desejada e sonhada, e exprime a sensação de liberdade sentida nesse momento, depois de um longo tempo em que estivemos presos no tempo, na escuridão, na opressão da ditadura. O 25 de Abril representou, na verdade, esse dia «inicial inteiro e limpo» que nos deu a liberdade e a democracia. Podemos, agora, viver sem medos, mas devemos estar conscientes de que é necessário que essa liberdade tem de ser sempre conquistada e construída, para que, de facto, seja uma realidade para todos.

Luís Moura, docente de Português

49. 25 de abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen, in O Nome das Coisas

terça-feira, 23 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 48º poema, Os Vampiros, é uma canção, de José Afonso, de 1963, e que pouco depois foi proibida pela censura. De uma forma alegórica apresenta «Os Vampiros» como imagem/símbolo dos poderosos e mais ricos que “chupavam” «o sangue fresco da manada», isto é, exploravam o povo e os mais pobres. Na época, pretendia fazer uma crítica aos governantes associados ao poder instituído da ditadura e do regime salazarista. No entanto, a sua mensagem, nomeadamente o refrão, «Eles comem tudo eles comem tudo/Eles comem tudo e não deixam nada», tornou-se intemporal e aplica-se a todos os que detêm poder político, económico ou outro e se julgam senhores e donos de tudo, aproveitando-se da sua posição privilegiada para explorar os mais pequenos e pobres.

Luís Moura, docente de Português

48. Os Vampiros

No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada

Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [bis]

A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas

São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada

Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

José Afonso, 1963

Aqui fica a canção interpretada por José Afonso:

segunda-feira, 22 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Imagem criada por Inteligência Artificial

O 47º poema, Canto Moço, é uma canção, de José Afonso, que foi feita para ser cantada pelos estudantes universitários que o autor conheceu numa digressão para que foi convidado. Destina-se a ser interpretado como música coral por duzentos figurantes de ambos os sexos e de todas as proveniências e condições. O poema exprime bem o espírito aventureiro dos «filhos da madrugada» que lutam pela liberdade, pela justiça, pela Paz, «À procura da manhã clara». O 25 de Abril trouxe-nos essa «manhã clara», a Liberdade há muito esperada. Sejamos estes «filhos da madrugada» e lutemos sempre por um Portugal democrático, livre, aventureiro, sonhador, mantendo sempre acesa «Lá do cimo duma montanha/uma fogueira», «Para não se apagar a chama/Que dá vida na noite inteira».

Luís Moura, docente de Português

47. Canto Moço

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

José Afonso, in Traz outro amigo também, 1970

Aqui fica a canção interpretada por José Afonso: 

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

domingo, 21 de abril de 2024

Projeto Erasmus+ Job Shadowing Helsínquia

Grupo do Projeto Erasmus+ Job Shadowing Helsínquia/Foto: Cristina Silva

Na semana de 1 a 6 de abril, o Agrupamento de Escolas da Lousã realizou, com sucesso, mais uma atividade no âmbito do Projeto Erasmus+. Decorreu na Finlândia, na modalidade de Job Shadowing. Assim, o Diretor do Agrupamento de Escolas da Lousã e os docentes Ana João, António Leonardo, Cristina Silva, Eugénia Pardal e Maria Santos partilharam experiências, assistiram e participaram em aulas de diferentes disciplinas.
Na escola de acolhimento Järvenperän Koulu (escola com níveis equivalentes ao nosso ensino básico - 3.º ciclo), os docentes puderam constatar a existência de ótimas condições físicas, bom apetrechamento do ponto dos equipamentos e a existência de um número de professores e assistentes operacionais por aluno, num rácio muito superior ao das nossas escolas, sobretudo na unidade multideficiência para alunos com necessidades educativas específicas. Nas salas de aula, eram visíveis muitos manuais, dossiers e verifica-se que não existe uma supervalorização do digital. Muitas aulas decorrem com recurso a manuais em suporte de papel complementados com meios digitais. O grupo constatou que há uma preocupação com a preparação dos alunos para o quotidiano da vida, pois existem disciplinas cujo objetivo é proporcionar competências no âmbito da culinária, organização da casa e sua economia, costura, tricôt, carpintaria e mecânica.
Existem, na escola, vários clubes para a promoção do bem-estar, tais como artes, dança, música e atividades circenses.
Os encarregados de educação revelam elevado reconhecimento pelo trabalho dos professores.
Foram igualmente contemplados momentos culturais, tais como visitas a museus e à biblioteca de Helsínquia.
Esta Mobilidade Erasmus+ proporcionou aos docentes o desenvolvimento linguístico, a partilha de conhecimentos e práticas sobre a organização, métodos de liderança, planos curriculares.
Consideram-se, deste modo, atingidos os objetivos delineados pela equipa Erasmus+.

Grupo da mobilidade JobShadowing Helsínquia

3.º Encontro Nacional de Jovens Jornalistas | Ponte de Lima | 09, 10 e 11 de abril 2024

Representantes do AEL no 3.º encontro de jovens jornalistas
Foto: Selma José

Na sequência da participação do “Ecos de cá” no Concurso Nacional de Jornais Escolares em 22/23, promovido pelo jornal Público, o Agrupamento de Escolas da Lousã (AEL) foi convidado para participar no 3.º Encontro Nacional de Jovens Jornalistas, que decorreu em Ponte de Lima, nos dias 09, 10 e 11 de abril de 2024. As alunas Benedita Coelho do 7.ºE e Maria Santos do 7.ºG, acompanhadas pela professora Eugénia Pardal, representaram o AEL e o Ecos de Cá.
Neste encontro, participaram cerca de 100 alunos e 40 professores de todo o país, incluindo os Açores. Foi possível partilhar, conhecer, observar, aprender, experimentar, noticiar, conviver com muito divertimento à mistura.
Dos trabalhos deste encontro, destacamos a partilha de experiências entre os jovens jornalistas, os workshops para ao alunos e as sessões de formação para os professores.
Nas duas noites do encontro, ocorreram também atividades: uma caminhada pela Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro d’Árcos e uma Aventura Digital, para conhecimento do Centro histórico de Ponte de Lima em registo jornalístico, envolvendo desafios de produção de texto, registo fotográfico, entre outros. De salientar que o AEL, em parceria com a Escola Secundária de Ponte de Lima, foi vencedor neste desafio digital.
Aguardamos a revelação do local para a realização do próximo encontro, pois o AEL foi convidado para o 4.º Encontro de Jovens Jornalistas 2025. Vamo-nos preparando!

Benedita Coelho, 7.ºE; Maria Santos, 7ºG e Eugénia Pardal, coordenadora do Jornal Escolar e docente de Português.

AEL-1.º Lugar / Foto: Eugénia Pardal

 

 

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 46º poema, Tourada, de José Carlos Ary dos Santos, é uma canção, com música e interpretação de Fernando Tordo, que foi feita para o Festival da Canção de 1973 e que venceu, tendo representado Portugal no Festival da Eurovisão, no Luxemburgo, onde ficou em 10º lugar. Com uma linguagem metafórica, representa uma crítica social, política mordaz ao regime e ditadura salazarista e fascista, tendo conseguido iludir e escapar à censura de então, o que deixou os seus autores muito surpreendidos. Esta canção, ousada e diferente para a época, ainda a Revolução do 25 de Abril não tinha chegado, fez história e ficou para sempre na memória. É um poema de 1973 e que pretendia retratar o Portugal dessa época, mas é intemporal e sempre atual. Por exemplo, os versos «Com bandarilhas de esperança/Afugentamos a fera/Estamos na praça/Da Primavera./Nós vamos pegar o mundo/Pelos cornos da desgraça/E fazermos da tristeza/Graça» faziam todo o sentido então, antes do 25 de Abril, mas também o fazem agora e sempre farão, pois é necessário “tourear” «ombro a ombro/As feras» e «pegar o mundo/Pelos cornos da desgraça/E fazermos da tristeza/Graça».

Luís Moura, docente de Português

46. Tourada

Não importa sol ou sombra
Camarotes ou barreiras
Toureamos ombro a ombro
As feras.

Ninguém nos leva ao engano
Toureamos mano a mano
Só nos podem causar dano
Espera.

Entram guizos chocas e capotes
E mantilhas pretas
Entram espadas chifres e derrotes
E alguns poetas
Entram bravos cravos e dichotes
Porque tudo o mais
São tretas.

Entram vacas depois dos forcados
Que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
Que não pagam nada
E só ficam os peões de brega
Cuja profissão
Não pega.

Com bandarilhas de esperança
Afugentamos a fera
Estamos na praça
Da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
Pelos cornos da desgraça
E fazermos da tristeza
Graça.

Entram velhas doidas e turistas
Entram excursões
Entram benefícios e cronistas
Entram aldrabões
Entram marialvas e coristas
Entram galifões
De crista.

Entram cavaleiros à garupa
Do seu heroísmo
Entra aquela música maluca
Do passodoblismo
Entra a aficionada e a caduca
Mais o snobismo
E cismo...

Entram empresários moralistas
Entram frustrações
Entram antiquários e fadistas
E contradições
E entra muito dólar muita gente
Que dá lucro aos milhões.
E diz o inteligente
Que acabaram as canções.

José Carlos Ary dos Santos, 1972

Aqui fica a canção interpretada por Fernando Tordo e vencedora do Festival da Canção de 1973:

sábado, 20 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

 

Imagem criada por Inteligência Artificial


O 45º poema, Chamava-se Catarina, é uma canção, de José Afonso, em honra de Catarina Efigénia Sabino Eufémia, uma mulher camponesa, natural de Baleizão, no Alentejo, que foi assassinada a tiro por um tenente da GNR, a 19 de Maio de 1954, durante um protesto/uma greve de 14 trabalhadoras rurais, que reivindicavam melhores salários. Tinha 26 anos, era mãe de três filhos, um deles de oito meses estava ao seu colo quando foi baleada, e estava grávida de um quarto. Esta mulher é uma heroína e tornou-se um símbolo da luta e resistência ao regime fascista e salazarista. O poema/canção recorda esse seu ato heroico e eterniza-o através da poesia/música, para que fique sempre na memória como exemplo e não seja esquecida.

Luís Moura, docente de Português

 

45. Chamava-se Catarina

Cantar Alentejano (em memória de uma camponesa assassinada)

Chamava-se Catarina,
O Alentejo a viu nascer;
Serranas viram-na em vida,
Baleizão a viu morrer.

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr;
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou.

Acalma o furor campina,
Que o teu pranto não findou!
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou.

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si,
O Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti!

Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar;
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás de cantar!

António Vicente Campinas,
Interpretado por José Afonso

Aqui fica a canção interpretada por José Afonso:


Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Liberdade

Quando há liberdade
Há paz e amor
Há fraternidade
E já não há dor

Rodrigo Pinto, aluno do 7ºA

A liberdade chegou
Com a coragem dos bravos
Libertaram-se as pombas
Espalharam-se os cravos

Pedro Martins, aluno do 7ºA

Durou muitos anos
Este sofrimento
Mas no 25 de Abril
Acabou-se o tormento

Afonso Ribeiro, aluno do 7ºB

Certo dia, uma pomba
Foi-nos avisar
Que a nossa liberdade
Estava a chegar

Cátia Cheng, aluna do 7ºB

Amar a liberdade
É saber viver
Chegou a democracia
E parámos de sofrer

Beatriz Figueira, aluna do 7ºC

Liberdade não havia
Ninguém podia falar
Chegou a democracia
Agora posso viajar

Simão Santos, aluno do 7ºC

Pombas a voar
Pelas ruas cravos
Pessoas a cantar
Presos libertados

Bruna Bernardo, aluno do 7ºD

A liberdade
É urgente
Pombas e cravos
Para toda a gente

João Pedro Rodrigues, aluno do 7ºD

sexta-feira, 19 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

 
 Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 44º poema, Menina Dos Olhos Tristes, é uma canção, de José Afonso, que exprime o drama familiar e social que representou a guerra colonial antes do 25 de Abril, em que muitos soldados portugueses ficaram feridos, desapareceram ou morreram. Isso trouxe muita dor e sofrimento a muitas famílias.

Luís Moura, docente de Português

44. Menina Dos Olhos Tristes

Menina dos olhos tristes
O que tanto a faz chorar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Vamos senhor pensativo
Olhe o cachimbo a apagar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Senhora de olhos cansados
Porque a fatiga o tear
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

Anda bem triste um amigo
Uma carta o fez chorar
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar

A lua que é viajante
É que nos pode informar
O soldadinho já volta
Está mesmo quase a chegar

Vem numa caixa de pinho
Do outro lado do mar
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.

José Afonso

Aqui fica a canção interpretada por José Afonso:

quinta-feira, 18 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS


Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 43º poema, Cantiga para os que partem, é uma canção, cuja letra é de Rosália de Castro, escritora galega, a música de José Niza e a interpretação de António Bernardino, sendo também muito conhecida a interpretação de Adriano Correia de Oliveira. O poema exprime bem a realidade dos muitos portugueses que tiveram de emigrar durante o tempo da ditadura, pois as condições de Portugal, sociais, económicas, políticas, da guerra colonial… assim os obrigavam, tendo de deixar, muitas vezes as famílias, em busca de uma vida melhor. Foram tempos difíceis que se viveram nas décadas de 60 e 70. Hoje, passados 50 anos do 25 de Abril, muitos portugueses, sobretudo jovens, também se veem obrigados a emigrar, pois as condições económicas não são as desejáveis para se poder viver em Portugal. Isto não devia, não deve acontecer. Temos de criar as condições para que os portugueses possam ficar em Portugal e sejam verdadeiramente livres, tendo emprego digno, saúde, habitação, educação…

Luís Moura, docente de Português

43. Cantiga para os que partem

Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
oh terra ficas sem homens
que possam cortar teu pão

Tens em troca, órfãos e órfãs
e campos de solidão
e mães que não têm filhos
filhos que não têm pais.

Corações que tens e sofrem
longas ausências mortais
viúvas de vivos-mortos
que ninguém consolará.

Rosália de Castro

Aqui fica a canção interpretada por Adriano Correia de Oliveira:

quarta-feira, 17 de abril de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS

 

Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura


Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

O 42º poema, Portugal Ressuscitado, de José Carlos Ary dos Santos, exprime bem o sentimento de quem viveu a Revolução do 25 de Abril de 1974, que veio pôr fim a uma ditadura, e viu o Povo nas ruas a celebrar a liberdade, depois «da fome, da guerra/da prisão e da tortura». Hoje, passados 50 anos, devemos estar unidos, pois «o povo unido/nunca mais será vencido» e lutar sempre para sermos livres e para que não tenhamos mais de passar fome, guerra, prisão ou tortura. Que o Portugal democrático, nascido depois de Abril, traga essa liberdade e desenvolvimento desejados!

Luís Moura, docente de Português

42. Portugal Ressuscitado


Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.

Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido

Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.

Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido

Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.

Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.

Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido.

José Carlos Ary dos Santos

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