segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Torneio de Futsal Interturmas, no AEL


Realizou-se nos dias 20 e 21 de dezembro de 2022, o Torneio de Futsal Interturmas do AEL, no âmbito da disciplina de Educação Física e enquadrado no plano anual de atividades do Agrupamento.
O grupo de Educação Física, sob a coordenação do Professor António Fernandes e com a colaboração do ex – aluno Ricardo Alexandre na arbitragem de alguns jogos, realizou um torneio de Futsal interturmas, em cada uma das 3 escolas. Neste evento participaram 37 equipas (turmas) do 2º e 3º ciclos, envolvendo aproximadamente 380 alunos, de ambos os sexos.
Em termos de balanço final, o torneio correu conforme o planeado, com grande participação dos alunos e com muito entusiasmo dentro e fora de campo. De salientar o grande espírito competitivo sempre com muito fair-play.


António Fernandes, professor de Educação Física da Escola Nº1 da Lousã

Hastear da Bandeira Eco Escolas no Jardim de Infância do Freixo

 

No dia dezanove de dezembro, realizou-se no Jardim de Infância (JI) do Freixo a cerimónia do Hastear da Bandeira Eco Escolas.
Este galardão foi, mais uma vez, atribuído ao JI do Freixo (ABAE) pelo trabalho desenvolvido no âmbito da educação ambiental, no ano letivo de 2021/22.
As crianças, em conjunto com as docentes e prof. de música, começaram por apresentar um momento musical com o tema “Proteger a Natureza”.
Os Conselheiros do Projeto Eco Escolas do JI presentes proferiram um pequeno discurso sobre a importância das boas práticas ambientais. Tendo sido presenteados com maracas, construídas para o efeito em material reciclado e com mensagem alusiva ao tema.
Seguiu-se mais um apontamento musical dos alunos e hasteou-se a bandeira com o compromisso de continuidade deste projeto em prol do desenvolvimento sustentável.

Helena Lopes e Regina Maia, educadoras do Jardim de Infância do Freixo

Exposição de Natal

 


O Jardim de Infância (JI) do Freixo em parceria com a Activar desenvolveu um projeto que consistiu em propor às famílias que, a partir de um cone reciclado, elaborassem decorações natalícias.
Os trabalhos recebidos mostraram uma grande criatividade e envolvimento nesta atividade, encontram-se em exposição no JI.
De facto, a educação Pré-escolar é o local privilegiado para iniciar os alunos nesta importante atividade e os potenciais transmissores de bons procedimentos ambientais a nível das famílias e suas comunidades. Congratulamo-nos pela forte adesão das famílias a este desafio.

Helena Lopes e Regina Maia, educadoras do Jardim de Infância do Freixo

Semana Ubuntu no Agrupamento de Escolas da Lousã


A Semana Ubuntu decorreu entre 12 e 16 de dezembro de 2022, no Agrupamento de Escolas da Lousã, envolvendo 26 alunos do 3º ciclo, 4 docentes, uma psicóloga e duas educadoras do Instituto Padre António Vieira.
Foi uma semana muito rica em vivências e no desenvolvimento de competências socioemocionais, na qual também deram o seu testemunho pessoal os convidados: Ana Brazião, na temática “Construir pontes”, e Rafael Ramos, na temática “Superação e resiliência”.
Os alunos e alunas participantes revelaram um enorme empenho e dedicação, e os resultados não poderiam ser melhores, quer na avaliação qualitativa e quer na avaliação de impacto.
Os alunos deixaram testemunhos de aprendizagens muito bonitos, partilhamos aqui alguns exemplos:

"As principais aprendizagens que retiro desta semana é que mesmo que pareça impossível tudo é possível."
"Aprendi que não devemos julgar ninguém, muito menos pela sua história de vida e pela sua personalidade."
"Aprendi a ouvir os outros e a respeitar todas as pessoas."
"Se nós tentarmos, nada é impossível. Devemos acreditar sempre em nós próprios e ajudar os outros."
"Aprendi a não deixar ninguém de lado."
"Ser um bom líder."
"Aprendi a ter mais confiança em mim mesma."
"Gostei da experiência."
"Gostei muito de estar nesta semana, pois senti-me livre, diferente e especial."
"Adorei."
"Foi muito fixe ir para esta semana."
"Adorei estar presente neste clube. Adorei as atividades, filmes e sujeitos que vieram! Muito obrigada aos organizadores! "

Segue-se a criação do Clube Ubuntu na EB nº1, onde estes alunos e os educadores irão continuar a disseminar os valores da Academia de Líderes Ubuntu.
Esta semana contou com o apoio da Câmara Municipal da Lousã.

Equipa Ubuntu Organizadora

Ana Palrinhas, António Fernandes, Catarina Ribeiro, Eugénia Duarte e Sandra Nunes








quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Bolos e Pastéis

 ENTREVISTA

Há mais de 30 anos que Eugénia é pasteleira na pastelaria São Silvestre. Já preparou de tudo: desde natas a bolos de casamento e gosta muito do que faz.

Quando surgiu o seu interesse pela pastelaria?
Sempre gostei muito. Apesar de sempre ter trabalhado numa pastelaria, não trabalhei logo nisso. Comecei por ser empregada de limpeza e, de vez em quando, ajudava no balcão. Eventualmente, acabei por chegar onde estou hoje.

Qual é a formação necessária para se ser pasteleiro?
No início, não foi preciso nenhuma, mas tive de fazer um curso de “Segurança e higiene no trabalho”, outro de “Higiene na alimentação” e fiz um de decoração com massa de açúcar, após seis anos de ter começado a minha carreira. Hoje em dia, há cursos disponíveis que as pessoas podem fazer antes de começarem a trabalhar.

Que materiais costumam ser necessários?
Para fazer os bolos e os pastéis são sempre necessários ovos, farinha, açúcar, melhorantes, como fermento e manteiga, mas, muitas vezes, usamos outros ingredientes. Para fazer a massa usamos batedeiras e para amassá-la utilizamos as mãos, que são sempre higienizadas antes, e rolos de massa. Às vezes, são precisas formas, e utilizamos também balanças, espátulas, facas e fornos, claro.

Qual foi o maior trabalho que já fez?
Talvez um bolo de casamento. Atualmente, já não os fazemos, mas gostava muito de os fazer.

Quais são as suas maiores dificuldades?
Provavelmente, gerir o tempo quando temos encomendas grandes. Por mais difícil que seja, tentamos acabar tudo dentro do prazo.

Sei que há muitas pessoas que confundem pastelaria com confeitaria. Pode indicar algumas diferenças?
Vamos lá: a confeitaria prepara confeites, que são feitos com muito açúcar, como as amêndoas de chocolate; já a pastelaria é o nome que se dá a vários produtos de panificação, onde se mexe com massas de farinha, por exemplo.

Beatriz Costa, aluna do 8ºB

O problema das plantas invasoras

Entrevista





Um dos grandes problemas que afetam o nosso país é a proliferação de plantas invasoras.
As plantas que são naturais de uma região, há muitos milhares de anos, chamam-se nativas ou autóctones. Por outro lado, muitas das plantas que nos rodeiam foram transportadas do seu habitat natural para outros locais, pelo que são chamadas plantas exóticas. Destas, algumas coexistem com as plantas nativas de forma equilibrada, mas outras desenvolvem-se muito rapidamente e de forma descontrolada, tornando-se aquilo a que se chama “planta invasora”.

Quais são as plantas invasoras que existem na zona da Lousã?
São as mimosas, sem sombra de dúvida, também conhecidas por acácias. Mas muitas outras estão presentes, como a tintureira, o espanta-lobos, a erva-da-fortuna e, mais recentemente, a erva-das-pampas ou penachos, que já se começam a ver em grande quantidade nas bermas da via-rápida entre a Lousã e Miranda do Corvo. Outra de que me estou a lembrar, e é muito recente, é uma planta aquática chamada elódea-densa, que está a surgir no rio Ceira.

Quais são as plantas nativas daqui da zona que estão a ser afetadas pela existência de plantas invasoras?
Todas as plantas nativas são afetadas. Por exemplo, plantas como o azevinho e o azereiro quase já nem se encontram aqui pela serra.

Como é que as plantas invasoras chegaram cá?
A grande maioria foi introduzida por ação humana, como planta ornamental. No caso da elódea-densa (aquática), pode ter surgido a partir de aquários ornamentais, daqueles que as pessoas têm em casa, por exemplo.

Por que razão as plantas invasoras são tão problemáticas?
As plantas invasoras causam grandes prejuízos ambientais e económicos. Prejuízos ambientais porque não deixam que as espécies nativas se desenvolvam, e estas podem acabar por desaparecer. Prejuízos económicos porque, para as remover, é necessário gastar muito dinheiro em mão de obra, combustível e equipamentos.

O que podemos fazer para evitar que estas plantas se espalhem?
É muito difícil evitar que estas plantas se espalhem, a única forma eficaz é detetar a sua presença quando ainda há poucas. Por exemplo, no caso das mimosas é praticamente impossível evitar que se espalhem, mas a erva-das-pampas, que está a começar a aparecer aqui na Lousã, ainda é possível localizá-las e ir arrancá-las, ou pelo menos cortar as plumas no período entre agosto e outubro, de modo a evitar que as sementes se espalhem. Uma única pluma pode ter milhares de sementes.

Acha bem as pessoas terem nos seus jardins ou terrenos plantas invasoras como decoração?
Não acho nada bem, pelo contrário. Acho que quem tem plantas invasoras as deve arrancar e destruir o mais rapidamente possível, de modo a evitar males maiores. E pensando no caso particular da erva-das-pampas, também não as devem utilizar na decoração de interiores, como se vê muitas vezes, em jarras, em eventos festivos e até à venda em floristas.


Mariana Moreira, aluna do 8ºA, em entrevista à Encarregada de Educação Teresa Brandão

Saúde mental dos jovens

Entrevista

As pessoas ficaram mais isoladas durante a pandemia e
acho que isso as deixou, em geral, mais tristes. Notei muito isso”

“Sempre, desde pequeno, quis trabalhar
nesta área”

Pedro Tiago, psicólogo do Agrupamento de Escolas da Lousã

Nos últimos tempos, tem-se colocado muito a questão de como está a saúde mental dos jovens, em geral. A pandemia contribuiu fortemente para agravar ainda mais essa situação. Uma pesquisa realizada pela BBC News diz que mais de metade dos jovens (52%) de 16 anos que participaram na pesquisa sentiram que a sua saúde mental e emocional piorou após a pandemia.
Fomos falar com o psicólogo da escola, Pedro Tiago, para pedir a sua opinião sobre o assunto.

Que impacto acha que teve a pandemia na saúde mental das pessoas, em geral?
Acho que teve um impacto muito negativo no que toca a este assunto, pois as pessoas ficaram mais isoladas e perderam aquele estímulo de socialização relativamente a quando iam presencialmente à escola, ao trabalho, etc…

O que o estimula a continuar a fazer o que faz?
O que me deixa feliz a fazer o que faço é saber que consegui ajudar uma pessoa através das minhas palavras e conselhos. É algo muito gratificante.

Como é que lida com todos os casos particulares dos seus pacientes?
Lido com bastante entusiasmo, pois sei que estou a ajudar alguém, encaro-o como um desafio, mas, claro, por vezes, perturba-me e preocupa-me, a ponto de levar o assunto para casa.

Acha que é um trabalho muito desgastante?
Considero que sim, visto que penso nas situações por muito tempo, muitas vezes fora da hora de trabalho. Não é fácil desligar-me das pessoas e dos seus problemas, chegar a casa e desligar completamente.

Sempre sonhou trabalhar como psicólogo?
Sempre, desde pequeno, sonhei em trabalhar nesta área. Por vezes divergi um pouco, mas sempre dentro deste mesmo âmbito.

8.ºA

PRODUÇÃO DE MEL

Entrevista 


O mel que todos nós encontramos no supermercado passa por um longo processo até estar na prateleira e pode não ser desse ano, ou seja, pode já ter sido produzido em anos anteriores. Para perceber melhor a produção de mel, entrevistei G. Rodrigues, que ainda é produtor de mel em Portugal, apesar de, nas últimas décadas, ter diminuído significativamente o número de apicultores, comparativamente à década de 80 (pordata.pt).

O que nos pode dizer sobre o tempo que demora a produzir um frasco de mel?
Não sei bem como dizer, mas produzimos mel só uma vez por ano, normalmente, no mês de agosto, que é quando as abelhas já têm a colmeia cheia.

Como se produz o mel?
É claro que não somos nós, apicultores, a produzir o mel, nós simplesmente o recolhemos. É totalmente produzido pelas abelhas. Elas vão à procura do néctar que recolhem na natureza, das flores das plantas, que misturam com água. As abelhas, na colmeia, enchem os favos de cera e conservam-nos. As abelhas só produzem o mel para a sua alimentação, mas nós seres humanos retiramos alguns favos de cera que são onde elas armazenam o mel. Se retirarmos todos os favos, as abelhas morrem porque não têm como se alimentar.

Existem diferenças no mel, de ano para ano? Se sim, qual é a razão?
Sim, existem diferenças, depende da disponibilidade de flores que existirem na região onde as abelhas se encontram, e a quantidade varia consoante o que as abelhas recolhem.

Quais são os maiores gastos que tem na produção de mel?
Os maiores gastos que já tive até hoje foram a curar as abelhas para não apanharem doenças como, por exemplo, a Varoose.

Quais as dificuldades que passa na produção de mel?
As maiores dificuldades são o local onde os apiários estão localizados, pois têm declives acentuados e as doenças associadas, como a Varoose.

O ambiente envolvente afeta a produção de mel e, consequentemente, as abelhas?
Sim, é muito importante os apiários estarem localizados em zonas pouco poluídas. As abelhas necessitam de flores para recolherem o néctar com o qual produzem o mel e, ao mesmo tempo, fazem a polinização das flores. Este ciclo é a base fundamental da vida, sem abelhas, o ser humano não sobreviverá. Em zonas muito poluídas, as abelhas não sobrevivem, logo, a produção de mel é diminuta ou intermitente. Todo o ser humano deve pensar nestas questões do ambiente e ser interveniente na prevenção e na diminuição da poluição do nosso planeta.

Eduarda Rodrigues, aluna do  8ºB, em entrevista ao apicultor G. Rodrigues

Doenças mentais

Entrevista realizada ao psicólogo da Escola Secundária da Lousã, Dr. Pedro Tiago

As doenças mentais são condições de saúde que geram várias mudanças nas nossas emoções, pensamentos e comportamentos. Estas doenças, normalmente, estão ligadas a traumas e problemas diversos. As doenças mais graves, mentalmente, são: a depressão, o transtorno efetivo bipolar, o alcoolismo, a esquizofrenia e T.O.C. (de acordo com psiquiatras e psicólogos).

Maria – Qual é o papel do psicólogo na sociedade?
Dr. Pedro Tiago – O papel do psicólogo na sociedade terá muito a ver com a prevenção a nível da saúde mental: na prevenção dos riscos e das patologias que possam ter a ver com a saúde mental e no tratamento das mesmas. É um papel de prevenção e tratamento. É um papel muito importante porque, na condição humana, todos nós precisamos de algum tipo de apoio, a dada altura das nossas vidas, e um psicólogo pode ajudar nesse aspeto, se bem que não há bons psicólogos, existem, sim, bons pacientes.

Maria – Quais são as doenças psicológicas mais comuns?
Dr. Pedro Tiago – É assim: em contexto escolar ou duma forma mais generalista?
Maria – Em geral.
Dr. Pedro Tiago - A depressão é uma doença muito incapacitante e muito comum, nós, na nossa sociedade ocidental, o normal é estarmos em estado depressivo. Porquê? Porque ficamos tristes e angustiados sempre que perdemos alguma coisa que é importante para nós. Pode ser um fiel companheiro, como um animal, pode ser um ente querido, um amigo, uma relação de amor ou de amizade, mudar o sítio onde vivemos…
Quase sempre, quando perdemos uma coisa de que gostamos, ficamos tristes, e assim a depressão acompanha-nos sempre. Agora, ela só é exatamente depressão e doença quando não nos permite ter uma vida normal. A depressão e a ansiedade, que é um transtorno emocional, também nos acompanham sempre, como uma sombra. Estas são as doenças mais comuns, dentro do quadro, assim como a doença bipolar, que tem muito a ver com os comportamentos obsessivos compulsivos, em que, durante um período de tempo, estamos eufóricos e fazemos uma data de asneiras, e no outro, estamos depressivos. Ou seja, vivemos entre os dois lineares: entre o eufórico e o completamente deprimido. Infelizmente, cada vez mais, a nível da doença mental, existe a psicose e o funcionamento além do borderline. Mas sim, são essas as doenças mais frequentes, mas eu diria que a mais comum é a depressão. Dentro da depressão, há várias ramificações, se ela é “major” ou não é, mas isso tem a ver com o grau de incapacidade que causa nas pessoas.

Maria – Devemos falar sobre saúde mental nas escolas ou continua a ser um estigma social?
Dr. Pedro Tiago – Não é tanto como era há uns anos, a nível do preconceito e do estigma social. Devemos falar muito da doença mental porque ela existe. Infelizmente, após dois anos de Covid, muitas coisas que estavam escondidas, e que provavelmente só mais tarde se iriam manifestar no vosso desenvolvimento enquanto pessoas, começaram a aparecer cada vez mais cedo, sinais de maior dificuldade de adaptação na relação com o meio e com os pares, com os colegas. E, sim, deve-se falar porque ela, infelizmente, está presente e, muitas vezes, só se manifesta, por ser desvalorizada, quando as pessoas estão num estado já muito debilitado. Portanto, sim, devemos falar, existe estigma ainda, mas cada vez menos se diz que a psicologia é para os “maluquinhos”, para quem é doido. Ainda estamos a anos-luz do que se passa noutros países, a saúde mental não é privilegiada de todo, a saúde propriamente dita. Quando existe uma patologia de ordem física ou orgânica e uma pessoa vai ao hospital, existem medicamentos para tal. As pessoas continuam a achar que é muito mais incapacitante uma dor numa perna do que uma depressão, quando é exatamente o contrário, a doença mental pode ser muito mais limitativa no bem-estar da pessoa do que uma dor física, e também toda a violência psicológica, muitas vezes, afeta mais um indivíduo do que a violência física, desde que não seja extrema.

Maria – A situação pandémica que se viveu agravou a saúde mental? Quais os cuidados que foram prestados?
Dr. Pedro Tiago – Infelizmente, devido à pandemia, muito do acompanhamento terapêutico que se fazia, começou a ser feito online, se bem que algumas pessoas não perderam este tipo de apoio, mas é totalmente diferente falar presencialmente e através de uma câmara porque não se percebe o comportamento da pessoa e perde-se na relação terapêutica. Tal como eu disse anteriormente, foram evidenciados problemas que, mais cedo ou mais tarde, se iriam revelar e que, devido à pandemia, surgiram mais cedo, quer nos jovens quer nos adultos. Houve pessoas que começaram a funcionar de uma forma mais desorganizada, com muitos medos, muitas fobias, muita ansiedade, relativamente à higiene, à sua integridade física, ao medo de ser infetado, ou seja, quem já tinha uma predisposição relativamente a questões do foro mental viu a sua condição agravada. Imagina: uma depressão que estava camuflada pode ter catalisado, ter aparecido, duma forma mais evidente. Por exemplo, há cada vez maior manifestação ao nível de ataques de pânico em escola, em contexto escolar, há alunos que, devido à ansiedade de desempenho, sempre que têm uma avaliação ou uma ameaça futura que não conseguem definir, guardam tanto para eles aquele alarme, aquela preocupação, que o corpo acaba por manifestar-se com ataques de pânico ou a nível psicossomático, uma manifestação que pode ser física, como a perda de apetite ou a alopécia, que é a perda de cabelo. A nível comportamental, as pessoas cada vez mais andam dum lado para o outro, roem as unhas. A nível social dão-se cada vez menos umas com as outras. A nível cognitivo, encontramos as perdas de memória e o negativismo, pois as pessoas estão sempre a pensar no pior porque a verdade é que, nesta pandemia, muitas pessoas perderam pessoas próximas e pensaram no seu próprio fim, na possibilidade de morrerem, e não estavam preparadas para esta realidade.

Maria – Qual é a importância dum psicólogo ou de um psiquiatra nas escolas
Dr. Pedro Tiago – Muito grande. Na nossa escola, felizmente, o psicólogo não trabalha só com alunos, todos nós, enquanto pessoas, precisamos ou podemos vir a precisar de alguma orientação ou de algum suporte. A vida é difícil, nem todos os dias são bons, às vezes, precisamos de alguém para conversar e para nos ouvir e, infelizmente, há muitas pessoas que estão sozinhas. Nós, na nossa escola, trabalhamos com os assistentes operacionais, com os docentes e com os alunos. E os psicólogos também precisam de psicólogos. Em contexto escolar, é uma mais-valia porque, cada vez menos, são as questões do comportamento que nos preocupam e, cada vez mais, são as questões que têm a ver com a saúde mental dos alunos e de todas as pessoas que fazem parte do contexto escolar que mais importância têm.

Maria – Que tipo de terapias são mais solicitadas pelos doentes?
Dr. Pedro Tiago – É assim, eles não vêm propriamente à procura, eles não sabem, porque existem várias correntes no âmbito da psicologia, a nível do tratamento e na forma como são trabalhados diversos assuntos. Passa muito pela capacidade reflexiva que o psicólogo tem de dar a quem entra, à procura de ajuda, o entendimento de que tem de fazer algumas mudanças na sua vida, se não, as coisas não vão acontecer, se não mudar, acontece sempre o mesmo resultado. O grande processo desta ajuda passa pela ajuda do próprio, ou seja, nós temos de aprender a gostar de nós, com as nossas virtudes, os nossos defeitos, a perceção de que não somos melhores nem piores que os outros, mas, de certeza, seremos mais felizes se formos nossos amigos.

25 DE ABRIL

 O “25 de Abril” foi, para Portugal, o fim da ditadura e o início da liberdade

Por Laura Correia e Beatriz Serra

A 25 de abril de 1974, os militares portugueses prepararam uma revolução contra o fascismo de Salazar e acabaram com a ditadura. Esta ação foi liderada pelo “Movimento das Forças Armadas”. A Rádio Renascença foi o canal que deu sinal aos militares, por volta da meia noite, com a música "Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso. Gabriel Bernardino, Armelinda Francisco e Silvino Tomás viveram esse dia e o tempo da ditadura.


Quantos anos tinha quando aconteceu o “25 de Abril” de 1974?


G.B. - Na altura, eu tinha 24 anos.

A.F. - Eu tinha 16.

S.T. - Quando este acontecimento ocorreu, eu tinha 10 anos.


Como se sentiu quando soube a notícia?


G.B. - Foi uma alegria para todos, pois finalmente iríamos ter liberdade de expressão.

A.F. - Foi inesperado, não sei bem explicar.

S.T. - Sentimos medo, pois não sabíamos o que ia acontecer.


Como era o método de ensino antes da “Revolução dos cravos”?


G.B. - Quando eu andava na escola, havia uma oração de manhã, e tínhamos de ficar de pé até o professor nos autorizar a sentar. Os castigos, normalmente, eram com régua ou cana, o que era horrível. 

A.F. e S.T.- Nessa altura trabalhávamos, então não teríamos escola.


Onde estava quando foi declarado o dia da liberdade?


G.B.- Eu estava em casa e comecei a acompanhar a notícia por volta das cinco da manhã, depois comemoramos muito. 

A.T e S.T.- Estávamos na fábrica, a trabalhar. 


Apoiou a Revolução dos Cravos?


G.B.- Sim. 

A.F. e S.T.- Sim. 


Conhecia alguém que não apoiasse?


G.B- A maioria das pessoas apoiava, pois ao fim de 48 anos, foi um alívio 

A.F. - Sim, a minha mãe.

S.T. - Sim, o meu pai.





terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Clube de Leitura




Os alunos do 6.º D, da EB N.º 2 da Lousã, semanalmente, à terça-feira, fazem Clube de Leitura. Esta atividade consiste em tirar um tempinho, cinquenta minutos, para ler. Temos vários livros à nossa disposição e cada aluno escolhe um. Há livros de vários géneros, aventura, fantasia, policial, romance,…

Quando a aula começa, vamos à biblioteca buscar a nossa caixa de livros. Cada um pega no seu livro, senta-se e começa a ler em silêncio. Nós gostamos muito, pois adoramos ler e ficamos relaxados. A nossa professora, Fátima Furtado, diz-nos que ler é muito importante, porque nos desenvolve a imaginação, aprendemos a escrever e novas palavras.


Ler é fantástico!


Pedro Amaro, Pedro Rainho e Guilherme, 6.ºD





O Natal anda no ar!

 


Os alunos do 6.º A adaptaram o conto “O Natal do Anjinho Dorminhoco”, de Constança Capdeville, prepararam um teatro de fantoches e apresentaram aos seus colegas das turmas dos 1.º A, B e C. Os momentos vividos tiveram o doce sabor do espírito de Natal.

A todos um Bom Natal!


Vem ver!...

 Tem estado a decorrer, na Biblioteca da Escola Secundária da Lousã, uma exposição de vários trabalhos de alunos, designadamente das turmas B e H do 7.ºano, no âmbito do Dia Internacional da Cultura Científica acerca do sistema solar e de turmas do secundário sobre os Refugiados, para celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Também na vitrina da Biblioteca, no Polivalente, está patente uma exposição alusiva ao centenário do nascimento de José Saramago.

Ainda, nos dias 19, 20 e 21, com a participação do Plano Nacional de Cinema vai ser exibido o filme ”Persepolis” para as turmas do 10.ºano A,B,C , D1 e D2. 


domingo, 18 de dezembro de 2022

Boas Festas - 1ºB


O 1°B deseja a toda a Comunidade Educativa um Bom Natal e um 2023 cheio de felicidades.

Turma do 1ºB

Consequências da massificação cultural

“Uma das consequências que resultam da massificação cultural tem que ver com as pressões da despesa competitiva e do consumo ostentativo, que estão a transformar a abundância de alguns na exclusão social de muitos. Esta situação é potencialmente geradora de conflitos e tensões sociais”.
A massificação é um processo de crescimento em que muitas pessoas adotam valores e produtos que até aí eram só acessíveis a grupos restritos de pessoas. Ao longo do tempo, foi envolvendo vários setores como a música, a literatura, a moda e, mais recentemente, as redes sociais. Esta situação tem originado diversos comportamentos das massas que, na minha opinião, estão muitas vezes na origem dos problemas sociais que observamos hoje.
As pessoas idealizaram estilos de vida que observam nos outros e que desejam para si. A globalização, com o desenvolvimento das tecnologias de informação permitiu o acesso à “cultura global”, em que quase todos podem contactar com os elementos culturais de outras sociedades e torná-los parte da sua própria cultura. Desta forma, os padrões de consumo culturais adquirem hoje uma importância extrema, que influencia o comércio global que tem de dar respostas a um mercado cada vez mais massificado. Por exemplo, com a facilidade de influenciar os jovens nos dias de hoje, vendem-se cada vez mais produtos iguais em diferentes partes do mundo, com uma crescente homogeneidade cultural. São tidos como modelos blogers, influencers ou youtubers das mais variadas regiões do globo, que muitas vezes são instrumentalizados pela indústria de marketing e publicidade. Se por um lado o acesso massificado aos bens e à cultura é algo muito positivo, por outro lado, tem levado as pessoas a tomar atitudes competitivas e consumistas para além das suas reais possibilidades. Quando não conseguem realizar os seus objetivos sentem-se frustradas, desanimadas e muitas vezes insatisfeitas, pois quem não tem acesso às tecnologias sente-se excluído como se houvesse um muro digital. O consumo ostentativo exerce uma pressão muito grande sobre as pessoas e hoje percebemos que a pobreza e a exclusão social crescem devido a este consumo, uma vez que o acumular de dívidas entre os consumidores é cada vez maior e nem sempre para despesas consideradas essenciais. Este ambiente consumista gera desentendimentos e choques de culturas que provocam tensões sociais. Outra consequência da massificação cultural é o risco de desaparecimento ou mistura de tradições, costumes e culturas de povos, levando a crises de identidade das populações.
Em suma, na minha opinião, todos devemos estar muito atentos aos desafios que a massificação cultural trouxe, mas é inegável que o facto de permitir o acesso democratizado à informação, aos acontecimentos, conhecimentos e entretenimento, é algo de muito positivo e que não deverá desaparecer.

Alda Correia, aluna do 12º C 2

sábado, 10 de dezembro de 2022

Desenvolvimento Mindfulness no Agrupamento de Escolas da Lousã


O Programa de Mindfulness Crescer Feliz na Escola, da Equipa Multidisciplinar da Câmara Municipal da Lousã, está a desenvolver sessões semanais com 10 turmas de 1º CEB do Agrupamento de Escolas da Lousã desde o dia 02 de novembro de 2022, no presente ano letivo.
Nestas primeiras sessões, os alunos tiveram a oportunidade de contactar, através de experiências sensoriais, com práticas de Mindfulness – Atenção Plena – em contexto educativo. As crianças foram convidadas a parar no meio do dia-a-dia agitado, para encontrarem um lugar quieto e silencioso que existe dentro de cada um de nós quando estamos focados, conscientes e estáveis mental e emocionalmente.
Através de exercícios e jogos, despertamos a atenção para os detalhes das suas experiências, aprendendo a valorizar “pequenos” momentos agradáveis.
Uma vez que a criança é naturalmente ativa, estamos a trazer a consciência ao corpo, aprendendo a descontrair e a libertar tensões físicas para pensar e se concentrar com maior clareza, além de fomentar o bem-estar e a saúde física, mental e emocional.
As crianças ainda terão a oportunidade de participar em Sessões Família – Pais & Filhos mensalmente de dezembro/2022 a maio/2023, na Biblioteca Municipal Comendador Montenegro. Inscrições em:


Os pais e encarregados de educação também terão um momento especial de introdução e de prática de Mindfulness no âmbito da parentalidade. A sessão será no dia 30 de janeiro de 2023. As inscrições devem ser realizadas aqui:


O Projeto de Mindfulness – Programa Crescer Feliz na Escola – Meditar e Relaxar para Concentrar, da Equipa Multidisciplinar da Câmara Municipal da Lousã é desenvolvido no âmbito do Plano Intermunicipal de Prevenção do Abandono Escolar e Promoção do Sucesso Educativo da Região de Coimbra. A Equipa Multidisciplinar é cofinanciada pelo CENTRO 2020, Quadro Portugal 2020 e tem o apoio da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra através do projeto Realiza-te.

Agrupamento de Escolas da Lousã

Mostras de ciência sobre a célula

Foto da exposição na EB Nº 1 da Lousã

Foto da exposição na EB Nº 1 da Lousã

Foto da exposição na EB Nº 1 da Lousã

Foto da exposição na EB Nº 1 da Lousã

Foto da exposição na Escola Secundária da Lousã

Foto da exposição na Escola Secundária da Lousã

Foto da exposição na Escola Secundária da Lousã

A propósito do estudo da célula, o “infinitamente pequeno” que constitui a VIDA, os alunos do 8º ano do Agrupamento de Escolas da Lousã, construíram modelos de células a três dimensões recorrendo, essencialmente, a materiais reutilizáveis/recicláveis. Os referidos modelos estão expostos em mostras de ciência, até 20 de dezembro, nas escolas EB Nº 1 e Secundária. Estas mostras, com impacto na Comunidade Escolar, constituem-se como elemento formativo para os alunos dos restantes níveis de ensino. A atividade evidencia as competências dos nossos alunos, nomeadamente, sensibilidade estética e artística, que importa valorizar, na medida em que fomenta a aquisição das restantes competências do perfil do aluno, tendo estes manifestado grande entusiasmo na sua execução.

Docentes de Ciências Naturais que lecionam o 8º ano

Inclusão de pessoas com doenças/síndromes no mercado de trabalho

Hoje em dia as pessoas com deficiências/síndromes não têm igualdade quando se trata de ter uma oportunidade na cadeia de emprego.
Na minha opinião, as limitações dessas pessoas até podem dificultar as tarefas que tenham de realizar, mas as mesmas podem ser minimizadas, se forem feitas algumas mudanças nos locais de trabalho.
Um exemplo disso é criar rampas de acesso e alargar portas para pessoas paraplégicas, que é exatamente o que Alexandre Carvalho, entre outras informações, apresenta: “Dentre os maiores obstáculos que os deficientes enfrentam, estão o preconceito por parte dos colegas de trabalho, a necessária adaptação de ambientes de trabalho, como rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas.”
A inclusão não se resume a uma simples contratação. Requer, sobretudo, preparação da própria organização para que sejam alcançados resultados de sucesso, ou seja, deve ser feita uma seleção específica para uma pessoa específica, no caso com uma deficiência específica.
Alguns exemplos dessa adequação podem começar na entrevista, fazendo-se uma avaliação das competências para a função, da capacidade da pessoa para o exercício da atividade, mas tendo muito cuidado e sensibilidade ao exigir experiência anterior.
Em suma, é importante serem feitas as alterações necessárias para avaliar o currículo e desempenho da pessoa com deficiência/síndrome posta em causa.
Estará a nossa sociedade preparada para acrescentar bom senso e sensibilidade às escolhas que tem de fazer no momento de contratação?

João Santos, aluno do 8ºD

Na atualidade, é possível observar que ainda não existe uma grande integração de pessoas com doenças, síndromes ou deficiências. Cada vez mais, o mercado de trabalho tem vindo a tornar-se mais tolerante às diferenças, mas será que esta aceitação se aplica a todos?
Pessoalmente, achamos que as entidades empregadoras podem e devem procurar integrar pessoas com os problemas acima referidos nas suas empresas.
Pensamos que seria positivo integrá-las no mercado de trabalho, porque, desse modo, estas, que possivelmente se sentem muitas vezes insuficientes ou incapazes, sentir-se-iam mais valorizadas a nível profissional e pessoal.
Por outro lado, seria prático, pois passaria a existir um maior número de trabalhadores disponíveis. Claro que é importante referir que, ao aceitá-las, teria de haver mais controlo e supervisão sobre elas e também uma seleção bem pensada das tarefas que executariam, dependendo das suas dificuldades.
Podemos concluir que é necessário e vantajoso tomar atitudes para que haja uma maior integração de pessoas com doenças, síndromes ou deficiências no mercado de trabalho. E tu, o que pensas sobre esta integração? Achas que será benéfica? O que farias para integrar estas pessoas?

Rita Mendes e João Melo, alunos do 8ºD

Hoje em dia, há falta de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Na nossa opinião, deve haver mais oportunidades e igualdades para com aqueles que padecem de algum tipo de doenças/síndromes. Para isso, a entidade empregadora deve ter sensibilidade e tomar todas as precauções necessárias, sabendo qual o nível de deficiência para adequar as tarefas de cada trabalho.
Em primeiro lugar, achamos que deve haver maior inclusão no mundo do trabalho de pessoas com deficiência, pois essa atitude vai motivar cada vez mais empresas a contratar mais funcionários com dificuldades, aumentando a inclusão, como tão bem é mostrado no vídeo da Campanha da Coordown.
Porém, ainda há empregadores que se sentem receosos e inseguros perante esta questão, no que toca, por exemplo, a trabalhos delicados como cozinhar ou cortar cabelo.
Em suma, pensamos que deve haver mais adesão de empregadores à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Só assim, teremos uma sociedade mais justa na qual todos têm o seu lugar por serem vistos com os mesmos olhos que respeitam as diferenças. A nosso ver, com boa vontade, as empresas terão a capacidade de ter o cuidado com o tipo de doença/síndromes apresentados para adequar o trabalho.

Gabriela Agostinho e Flávio Henrique, alunos do 8ºD

Apicultores por um dia - a vida de uma abelha



No seguimento do grande certame que é a Feira da Castanha e do Mel para toda a comunidade lousanense, as turmas D e E do Jardim de Infância da Lousã, receberam nas suas instalações a primeira família a dinamizar uma atividade para estes grupos.
Os corajosos Pai António e Avô António partilharam connosco a sua paixão e sapiência pela Apicultura e pela Natureza!
Foi uma manhã muitíssimo enriquecedora, em que as crianças puderam ver de perto um cortiço, uma colmeia, o fato que usa um apicultor no seu trabalho e até experimentarem o seu chapéu.
Foi entusiasmante a sua partilha e aprendemos tanto sobre a vida de uma abelha e a sua importância na Biodiversidade.
O Pai António relembrou-nos do dever de “Respeitar a Natureza”, porque todos os bichinhos têm um papel muito importante no Ambiente e devem ser preservados.
Por último, fomos brindados com mel caseiro que degustamos com tostinhas. E que delicioso era!
Agradecemos muito a disponibilidade e simpatia desta Família.

Susana Peres e Teresa Saramago, Educadoras das turmas D e E, do Jardim de Infância da Lousã

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Missão sem Título




No Ecomuseu da Serra da Lousã (Museu Municipal Prof. Álvaro Viana de Lemos), de 2 de novembro a 31 de dezembro de 2022, decorre a exposição de alguns trabalhos das turmas 6ºD e 6ºG, do projeto “Missão sem Título” do Museu Municipal de Coimbra, II Edição – ciclos hidrológicos do rio Mondego e sua bacia hidrográfica. Esta exposição, com nova narrativa, articula-se com a exposição temporária - Aquedutos de Portugal - do Sr. Dr. Pedro Inácio, Diretor do Museu da Água da EPAL. O Museu está aberto de terça a sábado, das 9h00 às 17h30.
A visita do autor e fotógrafo da exposição temporária, Sr. Dr. Pedro Inácio, teve lugar no dia 26 de novembro (sábado), às 16h00, no Ecomuseu da Serra da Lousã (Museu Municipal Prof. Álvaro Viana de Lemos). Em representação das turmas estiveram presentes as respetivas Diretoras de Turma, Isabel Miranda e Maria Santos. Corresponderam ao convite as Sras. Representantes de Encarregados de Educação, delegados, subdelegados de turma e embaixadores digitais. Estiveram também presentes a professora Ana Palrinhas, representando a Direção do AEL e o projeto Eco escolas EB Nº1, assim como as professoras Ana Abrantes e Ana Lima pelo Eco escolas da EB Nº2. Do Museu marcaram presença os Sr. Vereador João Santos, Dr. Vítor Maia Costa e Dra. Mónica Martins. Este projeto, com continuidade, neste ano letivo, tem como enfoque o apelo à imaginação e à criatividade dos alunos, assim como a aplicação e aquisição de conhecimentos, envolvendo também as famílias (4 gerações familiares), numa articulação interdisciplinar, de acordo com as solicitações de cada estímulo.
A exposição foi o primeiro estímulo para a participação no projeto “Missão sem Título” do Museu Municipal de Coimbra, III Edição. Os trabalhos expostos serão reutilizados pedagogicamente em sala de aula, no âmbito dos domínios de articulação curricular (DAC), nas disciplinas de História e Geografia de Portugal, Ciências Naturais e Cidadania e Desenvolvimento, sendo avaliados de acordo com os critérios de avaliação destas disciplinas para este ano letivo. O projeto concorre ainda para a concretização do PADDE, Plano Nacional das Artes e Eco Escolas.

As coordenadoras do Projeto Isabel Miranda e Maria Santos

Antropofagia social hoje como no passado!

A crítica de Padre António Vieira no Sermão de Santo António aos Peixes é uma crítica atemporal que escalpeliza a exploração no Brasil durante o século XVII. Assim como no passado, ainda hoje, infelizmente, continuam a observar-se frequentemente comportamentos reprováveis.

Em primeiro lugar, nos dias de hoje, há muitas pessoas vaidosas que apenas se importam com as suas aparências e não com o bem-estar dos que as rodeiam, acabando por ser arrogantes e inferiorizar os mais desfavorecidos, o que acaba por ser irónico, uma vez que estamos numa sociedade onde, diariamente, se luta ou deveria lutar pela igualdade de direitos. Também nos dias de hoje, vivenciamos profundas injustiças, por exemplo, ao nível da justiça, onde muitas vezes, os mais poderosos, com mais capacidades financeiras, subornam os juízes e órgãos da justiça, ganhando vantagem relativamente aos mais humildes, os mais honestos. É de “cortar o coração”! Além dos exemplos que referi anteriormente, vivemos numa sociedade profundamente consumista, que apenas pensa em bens materiais; uma sociedade que tem a necessidade de explorar o outro, os mais fracos, para proveito próprio. Como exemplo disto, temos as grandes empresas de roupa, onde os mais desfavorecidos, os que precisam de dinheiro para sustentarem as suas famílias, são submetidos a condições de trabalho horríveis: muitas horas de trabalho, nalguns casos, sem dia de descanso semanal e com um salário tão baixo que, muitas vezes, nem dá para todas as despesas. Isto porque, os mais vaidosos, os mais consumistas, os mais gananciosos precisam de ter mais de cinquenta casacos diferentes no armário, isto porque é vergonhoso uma pessoa com dinheiro andar mal vestida

Concluindo, como pessoas ativas na sociedade, devemos fazer alguma coisa para acabar com estes comportamentos que arrasam com o humanismo e desarmar esta antropofagia social, onde os mais humildes são “comidos” pelos mais poderosos. Enfim… não sejamos como polvos, voadores, roncadores e rémoras nesta sociedade! Usemos a nossa revolta perante estas desigualdades para fazer a diferença em prol de uma sociedade mais justa!

Beatriz Serra, aluna do 11ºA

Luta pelo ambiente

Um super herói eu quero ser Para o mundo poder salvar A poluição vai desaparecer E o planeta contente vai ficar Para salvar o mundo Vais ter...