Placard Escola Secundária; Foto: Luís Moura
O 3º poema é Mors liberatrix, isto é, Morte Libertadora, de Antero Quental, em que, na mão de um «sombrio cavaleiro», «Brilha uma espada, feita de cometas, Que rasga a escuridão, como um luzeiro»: é «a espada da Verdade» que «rasga a escuridão» e traz a LIBERDADE.
3. Mors liberatrix
Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada, feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro.
Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projetas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.
— «Se esta espada que empunho é coruscante,
(Responde o negro cavaleiro-andante)
É porque esta é a espada da Verdade.
Firo, mas salvo... Prostro e desbarato,
Mas consolo... Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a Liberdade.»
Antero de Quental
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