Eduardo Dias*
Dar uma notícia implica responder, de forma organizada, às cinco ou seis perguntas que formam um lead, que irá resumidamente expor a informação a relatar… Todavia, nesta notícia não caberá toda a alegria, o envolvimento e a aprendizagem que os alunos demonstraram desde os primeiros momento…
Assim, nada melhor que reinventar a notícia e, em primeiro lugar, evidenciar a necessidade dos alunos de viajar: para ver outros horizontes, viver novas experiências e, obrigatoriamente, socializar para aprender.
Se, para muitos, ir a Lisboa é algo que faz parte dos seus horizontes, outros fizeram-no pela primeira vez, descobrindo uma realidade que não cabe nos livros das suas disciplinas, por mais fotografias impressas que existam no seu interior, a propósito das mais diversas matérias a lecionar. Como descrever os olhares atónitos, quer pelo trânsito frenético que faz avançar e parar os autocarros, quer pela surpreendente arte urbana que decora as paredes dos prédios da grande cidade… E que dizer da zona da antiga EXPO 98, que ainda encerra aquele encanto que tanto deslumbrou…
O tempo deixa as suas rugas, todavia, há coisas que valeram a pena… como o Pavilhão do Conhecimento que nos abriu as suas portas e acolheu durante a manhã, possibilitando ver duas exposições, a saber:
“ÁGUA - uma exposição sem filtro”. Mexer, ler… enfim, aprender que a importância da água é bem maior do que os números que imaginamos, e que, simultaneamente, a (in)consciência humana tem uma grande quota de responsabilidade para o mundo de amanhã.
“EXPLORA”, concebida para o Exploratorium de São Francisco e em que cada módulo é uma autêntica obra de arte onde o Homem, valorizando o engenho e a natureza, se surpreende com a beleza dos seus fenómenos… que o diga a atração da exposição, “A BICICLETA VOADORA”, que consiste em andar de bicicleta num fio esticado (cerca de 20 metros), atravessando o espaço em altura, e tendo como pano de fundo a lua… Era vê-los… fila interminável…
Por fim, porque no aproveitar está o ganho, a ida ao teatro, para assistirmos a uma adaptação do texto dramático Leandro, Rei da Helíria, depois de um almoço volante, partilhado e rápido, mas com direito a gelado… que o digam os mais gulosos…
A peça foi, em vários sentidos, um espetáculo de cor, de vida, de entretenimento e, claro, de aprendizagem… Os mais atentos sentiram as diferenças em relação ao texto dramático estudado nas aulas…
No final de contas, esta visita de estudo a Lisboa foi um sucesso que agradou bastante a todos os participantes. Os mais de 160 alunos, sempre sob o olhar, muito profissional, dos professores que os acompanharam, trocaram as salas de aula por ambientes lúdicos onde realizaram aprendizagens efetivas, marcadas pelo convívio entre colegas do mesmo ano letivo.
Felizmente, as visitas de estudo recomeçaram.
*Docente de Espanhol
Sem comentários:
Enviar um comentário