segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Chorar para poder rir

Estou sentado ao lado da minha mãe. A minha mãe está a conduzir, veio buscar-me à escola para irmos para casa. Chegou dez minutos depois da campainha ter tocado e sabe muito bem que eu não gosto de ficar à espera, mas também a compreendo, pois teve um dia bastante complicado. Consigo perceber isso por causa das grandes olheiras que tem hoje.
Quando estávamos a meio do caminho, lembrei-me de ligar a rádio e a minha mãe pediu-me para pôr na M80 que é a sua estação preferida. Como sou um filho obediente, fiz o que me pediu.
Passado um bom tempo de publicidade, começou a dar a nossa música favorita. Por acaso, também é a música que nos deixa mais tristes, pelo simples facto de nos fazer lembrar algumas situações difíceis do passado.
Estávamos quase a chegar a casa, mas a música ainda não tinha acabado e por isso fomos dar mais uma voltinha.
Quando a música acabou, o carro parecia um barco naufragado, pois tínhamos chorado tanto, tanto… No final, sorrimos um para o outro. As olheiras da minha mãe tinham desaparecido, a minha irritação já não estava presente e percebemos, então, que aquela música tinha sido uma boa terapia.
A partir daquele dia, passámos a ouvir sempre aquela música depois da escola até que quase ficámos fartos. Quase…

Tomé Mendes, Rafael Silva, Martim João Costa, Michael Polaco – 9ºC

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