Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura
O 14º poema, Revolução, de Sophia de Mello Breyner Andresen, alude à “Revolução” como um «tempo novo», que constitui o início de uma nova era. Que possamos construir este Portugal novo, moderno, desenvolvido, democrático…
Luís Moura, docente de Português
14. Revolução
Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta
Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
Sophia de Mello Breyner Andresen, in O Nome das Coisas, 1974
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