Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura
Placard Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura
O 38º poema, Soneto imperfeito da caminhada perfeita, de Sidónio Muralha, exprime o sentimento de liberdade, pois «Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas/que possam perturbar a nossa caminhada» e a poesia surge como expressão dessa liberdade de pensamento e criação. A revolução veio e trouxe essa mudança, somos livres e devemos sempre agir em defesa dessa liberdade e democracia conquistadas, como diz o poema «Ninguém fala em parar ou regressar./Ninguém teme as mordaças ou algemas».
Luís Moura, docente de Português
38. Soneto imperfeito da caminhada perfeita
Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.
Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Versos brandos...Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Sidónio Muralha
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