Na minha opinião, a sociedade de hoje em dia, apesar de ter
grandes melhorias em relação ao passado, ainda não conseguiu aceitar,
totalmente, a igualdade de género, e o desporto é um exemplo onde as diferenças
entre homens e mulheres está vivamente presente.
Primeiramente, desde a antiguidade, sempre existiram papéis
bem definidos para indivíduos do sexo masculino e para o feminino. As mulheres
destinavam-se às tarefas domésticas e ao cuidado dos filhos, enquanto os homens
tinham de trabalhar e ganhar rendimento, para sustentar a família. Dessa
maneira, criaram-se os estereótipos, a idealização que as raparigas brincam com
bonecas e os rapazes com carros, que os desportos que as mulheres praticam são
a ginástica e os dos homens são o futebol. Todavia, estas suposições são
totalmente incorretas, porque nem todas as raparigas praticam ginástica, e
algumas podem preferir jogar futebol, e o mesmo se aplica aos rapazes. Mas por
que razão a sociedade implementa tais ideias nas nossas cabeças? O motivo é
desconhecido, mas tem definitivamente de parar!
Em segundo lugar, as mulheres não são tão reconhecidas nos
desportos como os homens. Porque será? Talvez seja por estas diferenças e
estereótipos que a sociedade teima em criar. Está comprovado que os indivíduos
do sexo feminino não têm o mesmo acesso e oportunidades de praticar desporto,
de desempenhar cargos de liderança em organizações desportivas, de receber
prémios e honorários de desporto, e não têm a mesma atenção nos desportos
femininos do que os homens. Podemos constatar esta injustiça através da
televisão e mídia. Vemos tantas vezes reportagens, entrevistas, jogos, e
conversas sobre jogadores, tais como, o Ronaldo, Bruno Fernandes, André Silva,
Rúben Dias (entre outros). Mas quantas vezes esses canais falam e apresentam de
jogadoras como Andreia Norton, Cláudia Neto e Ana Borges? Muito menos vezes,
posso garantir. Outro exemplo onde se nota esta desigualdade é o caso de Rita
Latas. Rita foi a primeira mulher a narrar um jogo de futebol da primeira liga,
e recebeu muitas mensagens maldosas apenas pelo facto de ser uma mulher a falar
de um desporto “de homens”!
Por último lugar, apesar de as mulheres não terem o mesmo
reconhecimento dos homens, estes também sofrem por praticarem desportos “de
raparigas”. Este é o caso de um rapaz que dança ballet. Ele pode ser gozado na
sua escola por outros meninos, como acontece tantas vezes. Só porque um homem
dança, patina, ou pratica ginástica, não tem de ter a sua masculinidade posta
em causa. Aqui estão, de novo, presentes as injustiças que a sociedade criou.
Concluindo, considero que os estereótipos e diferenças (evidenciadas no desporto) ainda estão bem presentes nos dias de hoje. Por este motivo, devemos lutar contra estas desigualdades e tornar o mundo num lugar mais abrangente e tolerante!
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