Muitas vidas já são. Estamos num novelo de aparências que, muitas das vezes, não correspondem à verdade. Recheiam-nos de um completo vazio, de pessoas, passamos a fotocópias, umas mais artísticas do que outras, é notório. Somos uma folha de papel, por escrever ou com as palavras que nos são ditas, “sê isto e não aquilo”, “se não fores aquilo, se não alcançares isto, não passarás daquilo”. Mas as nossas decisões que definem uma grande parte da nossa vida não são implicações constantes, não são fórmulas concretas e exatas. Não existe uma fórmula completa para a felicidade, se existisse, não haveria tantas situações que retratam o seu oposto, a profunda melancolia e um constante desalento.
Na
realidade, somos seres pensantes, muitos de nós têm a capacidade para tal,
pensar, o monstro que nos assombra pela madrugada e nos deleita ao pôr-do-sol.
Os grandes narizes apresentam-se como necessários, como indispensáveis, com um
propósito de nos impressionar. Querem-nos cativos, inócuos, desprovidos de
opinião, silenciados. Assumem o controlo, criam-se seres deambulantes sem rumo,
nem objetivos.
Deixemo-los
perplexos, inovemos no seu próprio jogo até conseguirmos criar o nosso.
A
nossa jornada não deverá ser repleta de retratos sem emoção, de sorrisos
forçados, de pensamentos silenciados. Cada um, à sua maneira, pode brilhar sem
estar na penumbra.
No
entanto, os retratos mais taciturnos são tão merecedores de existência como os
retratos mais eufóricos.
Concluindo,
a crítica prende-se com a tentativa, tão bem-sucedida, de adquirirmos
expressões para diferentes sentimentos e fases, sendo que somos todos muito
distintos.
Os diferentes retratos ambicionam diferentes metas. E respeitar e compreender, é um processo complexo.
Sem comentários:
Enviar um comentário