domingo, 24 de março de 2024

25 DE ABRIL – 50 ANOS – 50 POEMAS


Placard da Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura

No 18º poema, Chamo-te, de Sophia de Mello Breyner Andresen, o sujeito poético clama e pede que a mudança «venha./E se derrame sobre a Terra/Em primavera» e lhe a «liberdade». Essa primavera veio com a Revolução do 25 de abril e trouxe a Liberdade e a Democracia. No entanto, não podemos esquecer que temos de continuar a agir para que essa primavera nunca termine.

Luís Moura, docente de Português


18. Chamo-te

Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que eu quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.

E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz precipitado.

Sophia de Mello Breyner Andresen

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