Placard da Escola Secundária da Lousã; Foto: Luís Moura
No 18º poema, Chamo-te, de Sophia de Mello Breyner
Andresen, o sujeito poético clama e pede que a mudança «venha./E se derrame
sobre a Terra/Em primavera» e lhe a «liberdade». Essa primavera veio com a
Revolução do 25 de abril e trouxe a Liberdade e a Democracia. No entanto, não
podemos esquecer que temos de continuar a agir para que essa primavera nunca
termine.
Luís Moura, docente de Português
18. Chamo-te
E suportar é o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.
Há muitas coisas que eu quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz precipitado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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