terça-feira, 6 de julho de 2021
Derramando afetos
Galeria de Arte
Como foi a Páscoa no JI do Freixo
No dia 26 de março as representantes de pais do Jardim de Infância do Freixo prepararam uma divertida e “gulosa" atividade dedicada à temática da Páscoa. Para tal, conseguiram que um Coelho e dois Palhaços visitassem as crianças deste estabelecimento, distribuindo ovos de chocolate a todo o Jardim de Infância, incluindo pessoal docente e não docente (respeitando as regras de segurança)!
Foi um momento de pura diversão e
alegria para todos, após um período tão longo e desafiante de
confinamento.
Espera-se brevemente poder criar mais momentos lúdicos e simultaneamente de aprendizagem, mostrando o dinamismo que tanto caracteriza o JI do Freixo.
Marina Antunes
Representante de pais do JI do Freixo
sábado, 3 de julho de 2021
Já conhecem o nosso clube de leitura?
No recinto escolar, junto ao bloco A,
encontra-se um espaço onde todos os alunos do 1º ciclo se podem dirigir,
durante o intervalo da hora de almoço, para desenvolver várias atividades.
Os participantes fazem a sua inscrição, junto
dos responsáveis pelo clube, escolhem o texto que preferem, entre os que lhes
são disponibilizados e podem fazer a sua dramatização, ler de várias maneiras
(a rir, a chorar, com ar de zangado, com medo, assustado, admirado…), ou
simplesmente ler por prazer, dando asas à sua imaginação.
Venham divertir-se e aprender com os livros!
Turma do 4º E
Eco Ementa Mediterrânica | Eco Cozinheiros
EMENTA
ORIGINAL DO DIA 18/05/2021:
SOPA PRIMAVERA
ARROZ DE
GALINHA À PORTUGUESA
FRUTA DA
ÉPOCA VARIADA
EMENTA
SUGERIDA PELO PROJETO ECO ESCOLAS:
CREME DE
CENOURA
ARROZ
BRANCO COM PEITO DE FRANGO GRELHADO COM SALADA DE TOMATE, ALFACE, CEBOLA E
PEPINO
GELATINA DE
MORANGO
Fundamentação da Eco Ementa nos Princípios
da Dieta Mediterrânica:
Esta Eco ementa é baseada nos seguintes
princípios da Dieta Mediterrânica (referência bibliográfica - portugal/ pelas
SNS e DGS):
“Cozinha
simples” que tem na sua base defender os nutrientes. Ex: sopas.
“Elevado
consumo de produtos vegetais, nomeadamente de produtos hortícolas, pão de
qualidade e cereais pouco refinados”. EX: Cenoura, alface, pão integral.
“Consumo
de produtos vegetais produzidos localmente, frescos e da época.” EX: A maior
parte dos produtos podem-se se encontrar na horta pedagógica da Escola Básica
nº1 da Lousã.
“Consumo
de azeite como principal fonte de gordura.” EX: Azeite utilizado na confeção da
Eco Ementa escolhida.
“Consumo moderado de laticínios” – Foi
utilizado sumo de laranja em detrimento de outra bebida com outra origem.
”Utilização
de ervas aromáticas para temperar em detrimento do sal” – Foram utilizadas
ervas na confeção da Eco Ementa.
”Consumo
frequente de pescado e baixo de carnes vermelhas” – No caso da Eco Ementa foi
utilizada carne branca em detrimento da carne vermelha.
“Consumo
baixo a moderado de vinho e apenas nas refeições principais” – Foi dada
preferência ao sumo de laranja.
“Convivialidade
à volta da mesa” – Convívio no Refeitório da Escola.
Dia Mundial da Criança na EB1/JI de Santa Rita
No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Criança, as turmas do 1.º D e do 4.º G, da EB1/JI de Santa Rita, realizaram um dia de aulas diferente.
Foram dinamizadas várias atividades ao ar livre, tendo as salas de aula sido movidas para um dos recintos exteriores da escola.
Foi realizada uma Caça ao Tesouro, em equipas mistas, com enigmas e desafios, que levaram as crianças a encontrar pistas, as quais conduziram a um tesouro final. Uma das tarefas propostas foi interpretar uma receita de arroz-doce, para, posteriormente, o mesmo ser confecionado pelos alunos, de modo a que todas as crianças da nossa EB1 degustassem um lanche delicioso e bem docinho. Para a confeção deste lanche utilizaram-se ingredientes trazidos pelos alunos e pacotes do leite escolar, os quais foram reutilizados, servindo de recipiente.
Da parte da tarde, foi realizada uma Feira de Talentos, onde os nossos discentes tiveram oportunidade de apresentar aos colegas canções, adivinhas, anedotas, dramatizações, ...
Foi um dia divertido e bastante animado, onde se criaram memórias significativas, quer para os alunos, quer para as professoras.
O nosso Jardim de Infância está mais verde e florido
Estão tão verdes as nossas plantinhas! Que bom mexer
na terra e vermos tudo a crescer! Estamos tão ansiosos para colher e comer o
que a nossa horta nos der.
O nosso
recreio era triste, só tinha os escorregas e árvores. Resolvemos torná-lo mais
alegre.
Trouxemos garrafões e garrafas de plástico, pneus,
terra e plantas. Reutilizamos os garrafões e as garrafas, transformando-os em
vasos, onde colocámos as plantas. Depois foi só pendurar na rede que cerca o
nosso recreio. Com os pneus fizemos canteiros, que agora estão cheios de
flores.
Agora temos um recreio muito mais colorido e bonito.
JI de Serpins
“Miúdos a Votos”: eleições para o livro “mais fixe”!
As turmas E, F e G do sétimo ano e F, G e H do oitavo, da Escola Básica número 1 da Lousã, estão a dinamizar, na escola, desde o dia 12 de abril, a campanha “Miúdos a Votos”. Este projeto, promovido pela Rede de Bibliotecas Escolares e pela revista Visão Júnior, pretende motivar os jovens para a leitura, escolhendo os livros “mais fixes”. Afixação de cartazes, entrevistas na rádio ou até manifestações são algumas das estratégias usadas pelos alunos para promover os livros candidatos. A 26 de abril não haverá campanha – é o dia para a reflexão – e, no dia 27, serão as eleições para o todos os alunos do 3.º ciclo. Devido à situação pandémica, a urna será levada a todas as salas.
Pode a música unir povos separados pelas palavras?
É sabido que a música é universal. Sem palavras, ela pode transmitir-nos ideias e sensações e, se ouvirmos uma canção num idioma que não dominamos, também é possível sermos tocados, despertando em nós alegria ou tristeza, seja qual for a nossa nacionalidade, dominemos ou não a língua que ouvimos.
Quem não se lembra da canção
vencedora do Festival da Eurovisão de 2017? “Amar pelos Dois”, apesar de
cantada na língua de Camões, almejou ser a mais votada de sempre. Esta é a
prova de que as palavras certas, associadas a uma melodia, podem, magicamente,
apoderar-se de nós e seduzir-nos, mesmo sem percebermos uma única palavra da
letra. Antes de Salvador Sobral, já outros intérpretes portugueses tinham
enfeitiçado os apreciadores de música de todo o mundo: Amália Rodrigues, os
Madredeus, Mariza…
É curioso pensarmos que, em 1887,
um médico judeu publicou a versão inicial de um idioma criado de raiz que tinha
como objetivo ser falado e compreendido por todos aqueles que o aprendessem. O Esperanto,
assim foi batizada esta nova língua, procurava ser de fácil aprendizagem e
tornar-se o mais internacional possível, à semelhança daquilo que é hoje o
Inglês. Foram muitas as tentativas, mas, ao longo dos anos, o Esperanto
fracassou como língua que pudesse unir os povos.
Em contrapartida, a música nunca
deixou de ser o único elo poderoso, capaz de unir os vários e tão distintos
povos, até os mais desavindos, como é o caso dos de Israel e da Palestina. A este
respeito, vale a pena lembrar um grupo coral que integra elementos dos dois
países e que, naturalmente, visa o diálogo e a pacificação. Pode a música
acabar com o conflito entre judeus e palestinianos? Talvez não, mas é bonito
pensarmos que é através da música que se pode chegar a um entendimento, nem que
seja só pelo tempo de uma canção.
No que toca à interação
intercultural, basta pensarmos nas muitas versões de “Amar pelos Dois” que
podem ser encontradas na internet. Desde franceses a sul-coreanos, passando por
holandeses, são vários os exemplos de artistas que se arriscam a cantar em
Português, sem perceberem o significado das palavras, mas transmitindo quase com
a mesma eficácia as emoções que Salvador Sobral desperta nos seus ouvintes. Com
esta canção aconteceu o que já se vira noutros tempos. Seduzido pela música, há
quem decida aprender a nossa língua.
Para concluir, não posso deixar
de aqui referir que a música é definitivamente universal e não há melhor
exemplo do que o disco com sons da Terra que, em 1977, foi enviado pela NASA para
o espaço. A bordo da Voyager foram dois discos de ouro
tocando sons e canções de forma ininterrupta. O objetivo era dar a conhecer a
diversidade cultural, natural e industrial do planeta Terra. De entre os
artistas que possíveis povos extraterrestres poderão alguma vez ouvir estão
Chuck Berry e Vincent Bach. Será que alguém se lembrou de incluir um fado da
Amália? Acredito que os alienígenas haveriam de gostar e, desta forma, a
palavra saudade ultrapassaria galáxias.
Music means union
Miguel Antunes Ventura (10.ºA)
When you visit a country
And are
staying for long
To know
more about its culture
Listen to
their most famous song.
Just
because it's different
Doesn't
mean it's bad
Because if
you understand the message
Music will
flow into your head.
You can
explore a foreign country
Savor their
jazz or punk rock
With music
you break barriers
And don't
experience culture shock.
You can
also meet new friends
With the
same music taste as you
Get to know
about their cultures
And what
they like to do.
Music means
union
Between
peoples and nations.
It's
interactive, universal
And enables
communication.
No âmbito de CD/10º ano-Port/Inglês; domínio “Interculturalidade”
Music: embraces cultures / crosses frontiers
Laura Barreto (10.ºB)
Music unites people,
breaks the barrier of language.
Like a human being, it has feelings,
It has life, it has its problems.
All the cultures trying hard,
All the time, and never stopping.
Talking, writing to each other;
Never understanding one another.
All of this is really tiring
But there's one thing in common
Because when you're feeling down
That's what you use to recover.
Music is the key to all of these
Misunderstandings and problems
If you wanna talk to any person
You can just turn on the music.
People will get to know you
Your culture, your country
Your feelings and issues
And will make you understand them.
Even if you can't sing, you can still make this
work.
Play your playlist, invite a friend
And you will find out things you never knew.
No âmbito de CD/10º ano-Port/Inglês; domínio “Interculturalidade” |
Espaços Exteriores Escola Básica nº 1 da Lousã: Workshop de Xisto – arte artesanal sustentável
No dia 8 de junho de 2021 realizou-se na Escola básica nº1 da Lousã, um workshop de xisto, nos canteiros da escola, onde foi utilizado pelos alunos e mestres pedra autóctone.
A serra da Lousã, a Serra do Açor e a Serra da Estrela constituem o
imponente enfileiramento montanhoso de Portugal – uma Cordilheira Central – com
características fundamentalmente xistosa e pré-câmbrica consideradas
geologicamente ancestrais.
Os mestres Luciano e Sérgio Martins partilharam com os alunos a arte de
trabalhar o xisto secular e os alunos corresponderam, com motivação e empenho.
Esta atividade integra-se no tema geral “Património Local – Serra da
Lousã, que congrega de forma articulada com os Projetos Curriculares de turma
das turmas do 6º ano, cujos temas são: 6ºF – “Aldeias de xisto: um recanto na
Serra da Lousã”; 6ºG – “Pedra sobre Pedra – arte artesanal sustentável”; 6ºH –
“Aldeias de xisto”; 6º I – Filhos da Serra” cuja coordenação concerne aos
professores Ana Simões, Henrique Cardina, Lídia Fonseca, Maria Santos e Odete
Rodrigues.
Estes temas dos projectos curriculares de turma concorrem ainda para os
projectos Eco Escolas e o Plano Nacional das Artes, onde foram realizadas
outras atividades. Por exemplo: a peça de teatro “Uma tarde na aldeia do
Talasnal” – 6º F; “Projeto da Robótica” – 6º H; “Dança tradicional” – 6º I.
Esta atividade “Pedra sobre Pedra – arte artesanal sustentável” para a
realização de canteiros em xisto – 6º G, teve orientação direta no âmbito dos
espaços exteriores, em articulação com a direcção de turma do 8º ano, turma H,
sob a responsabilidade da professora Ana Paula Palrinha.
“Traça o Teu Futuro” - Associação ARAUZ
Maria Luísa Franca (10.º C)
No dia 30 de março, a Associação ARAUZ (uma associação de jovens lousanenses que organiza atividades lúdicas e auxilia os estudantes nas decisões do ingresso ao ensino superior) realizou um evento on-line, intitulado “Traça o Teu Futuro”, com o objetivo de esclarecer dúvidas relativas ao percurso a seguir depois do Ensino Secundário ou Profissional. Foram convidados vários universitários e ex-universitários lousanenses, todos ex-alunos de Escolas da Lousã, de quatro áreas diferentes: Saúde, Letras, Engenharias e Ciências e Gestão e Economia.
Os participantes puderam escolher
uma área do seu interesse. Das 14:30 às 16:00 horas, assisti e disfrutei da
sessão de Engenharias e Ciências, onde marcaram presença os seguintes
lousanenses: Renato Daniel (Engenharia Bioquímica), Miguel Ferreira (Engenharia
e Gestão Industrial), Cláudia Andrade (Arquitetura), Mariana Ferreira (Design e
Multimédia) e Hugo Brink (Engenharia Informática).
Com base nas questões colocadas pelo orador desta
conversa, Duarte Bandeira, os cinco convidados falaram sobre as suas áreas de formação/estudo, sobre as
facilidades e dificuldades encontradas ao longo dos respetivos cursos, a vida
académica e a importância de estarem envolvidos em atividades extracurriculares,
como forma de se manterem saudáveis, física e mentalmente, e também como forma
de enriquecer o seu currículo o que poderá marcar a diferença no mercado de
trabalho. No final da sessão, foi dada a oportunidade de qualquer presente expor
as suas questões e dúvidas.
Considero que este evento foi bem organizado e ajudou-me
a perceber em que se baseavam alguns cursos da área que quero seguir. Por fim,
acrescento, gostei muito de participar nesta atividade e que iniciativas, como
esta, podem mudar o nosso futuro e auxiliar-nos a traçar o mesmo.
Nota: No evento referido, a área de Engenharia Informática foi apresentada por Hugo Brink em substituição de Márcio Carvalho.
Saudade VI
Lara Santos (9.º ano)
Hoje, dia 16/01/2038, ao chegar do trabalho, a minha filha de 12 anos pediu-me que lhe contasse o que tinha acontecido no ano de 2020, e imediatamente fechei os olhos e imaginei cada detalhe daquele ano.
Foi um ano terrível para todos. A saudade foi, sem dúvida, o
pior sentimento naquele ano, doía sermos obrigados a lidar com a distância, doía
sentir aquele vazio dentro de nós...Este ano veio mostrar a importância dessa
palavra, o quanto é importante a companhia de alguém, o amor de alguém…E, a
cada dia que passava, todos nós sentíamos imensa falta das coisas que nos faziam
felizes: amigos, família, viagens...
Muito sinceramente pensava que isto só acontecia em
filmes, foi tudo tão rápido que, ainda hoje, não consegui processar o que
aconteceu.
As pessoas viviam com medo de apanhar a Covid19 ou de que algum
familiar apanhasse, e era devido a pessoas que não respeitavam ninguém que
muita gente vivia com esse medo, era por isso que os casos não paravam de
aumentar, e já ninguém sabia ao certo quando tudo aquilo iria acabar.
As escolas fecharam, e tivemos que ficar praticamente
fechados em casa, experienciamos algo muito diferente, as aulas online,
foi difícil para todos, alunos, professores, pais...
- Lara, está aqui alguém à porta que te quer ver.- interrompeu a minha
irmã.
- Ok, espera só um pouco. Pronto, continuamos a conversa depois…- disse eu
- Está bem, mãe! -respondeu a minha filha
que foi a correr para o quarto, não me perguntem, não faço ideia do que ela
terá ido fazer.
E assim finalizo com um agradecimento pelo trabalho dos
médicos, professores... porque sem eles 2020 talvez tivesse sido muito pior.
Até à próxima!
Saudade V
Certo dia, eu estava em casa da minha avó, que fica numa aldeia bastante bonita, rodeada de extensos campos de flores, que deitam um cheiro bastante agradável e esta vista transmitia-me alegria, mesmo quando eu estava triste. A minha avó andava a regar as plantas, e, quando me viu, veio logo ter comigo e levou-me para dentro de casa.
Sentei-me à mesa e esperei que a avó me trouxesse uma
fatia do bolo de noz que ela tinha feito. Ela entregou-me a fatia e eu
lembrei-me logo de quando eu era pequena e de que a minha avó sempre me fazia
aquele bolo quando eu estava triste ou quando me tinha aleijado... Que saudades
desses tempos! Também me lembrei de quando me escondia do meu avô no meio das
hortaliças e a minha avó reclamava. Agora, quase que nem os via.
Depois de acabar de comer a fatia de bolo, a minha
avó disse-me:
- A tua mãe já está lá fora à tua espera para te ires embora!
- Oh, ok.-respondi eu, bastante triste por ter que me ir embora. Era a primeira vez que eu estava com ela, desde que o confinamento tinha acabado.
Antes de me ir embora, olhei para a minha avó e
reparei que uma lágrima escorria na sua cara. Não resisti e fui dar-lhe um
abraço.
- Não te preocupes, daqui a pouco tempo, quando a
pandemia passar, já podemos estar todos juntos e já te posso abraçar outra
vez.- disse-lhe eu antes de me ir embora.
Nessa mesma noite, antes de adormecer, estive a pensar e cheguei à conclusão que, durante estes tempos que temos vivido, Saudade é a palavra que melhor descreve o que tenho sentido. Saudade de quando tudo era normal.
Saudade IV
Já se passaram muitos anos desde a minha infância. Muitas coisas mudaram e que, provavelmente, nunca mais serão as mesmas.
Hoje em dia, sinto saudades sempre que relembro o meu passado e acabo, curiosamente, por ficar sempre com um sorriso no rosto.
Nos dias de hoje, o afeto e o carinho entre as pessoas é cada vez menor e cada vez reparo o quão boa era a minha infância, pois podíamos dar abraços, beijos e outros tipos de carinho às pessoas que mais amamos porque, nessa altura, não havia nenhum vírus incontrolável que matava milhares de pessoas todos os dias.
Hoje, enquanto estava a trabalhar no meu escritório, percebi que sentia uma imensa saudade da minha infância. Nesse tempo, eu era feliz e nem sabia o porquê, eu brincava com os meus amigos na rua, caminhava com os meus pais todos os dias, ficava encantada com os campos floridos, cheios de vida e de cor, com as abelhas que sobrevoavam esses mesmos campos e com o céu azul que encobria todo aquele lugar fantástico, chorava sem motivos e sorria por qualquer coisa, ficava a ver, à frente da televisão, os meus desenhos animados preferidos enquanto ouvia a minha mãe a dizer:
- Sara! Sai
da frente da televisão que isso faz mal!
- Está bem,
mãe! Só mais um pouco. – respondia eu.
Sinto saudades dessa altura e, hoje em dia, eu daria tudo para poder voltar a essa época apenas para poder abraçar os meus familiares e amigos e para poder sentir um pouco dessa minha felicidade que parecia eterna.
Saudade III
Saudade é um sentimento vazio que nos deixa lembranças, onde segundos parecem uma eternidade. Existem vários modos de vivenciar a saudade: ela pode ser provocada pela morte de alguém, por amor, pela separação física ou até mesmo a distância - distância de tempos antigos que ficaram no passado.
Sinto saudade do tempo de infância, onde a felicidade nos invadia dia após dia por motivos muito simples, onde eu chorava por ter caído e ouvia a minha mãe perguntar:
- Fizeste um dói dói? Um beijo de mãe cura tudo!
O beijo era dado e assim se curava
uma ferida e um sorriso estendia-se no meu rosto. Tempos onde nada me preocupava,
onde correr e brincar eram a minha prioridade, chegar a casa e abraçar os meus
pais eram o meu maior desejo e onde a vergonha e inseguranças não existiam.
Tempos esses em que o meu pai me colocava no pescoço e eu considerava-me alta,
tempos em que ver os meus avós era uma enorme alegria e ouvia o meu avô dizer:
- Toma um chocolatinho e uma notinha para ti! Tenho saudade dos tempos em que a inocência me dominava e exigências era algo que não se inseria no meu vocabulário, saudade da felicidade que era algo constante!
Saudade II
Já que a palavra do ano, eleita pela Porto Editora, foi “Saudade”, aqui fica o meu testemunho.
Saudade
é uma palavra grande e tem um significado ainda maior! Agora, com as dificuldades,
tudo ficou para trás, as cidades pararam, habituamo-nos à virtualidade, a estar
longe/distantes.
Com isto da pandemia, não pude ir visitar os meus avós durante imenso tempo. Lembro-me de, num domingo à tarde, a minha avó me ligar e dizer o seguinte:
- Adriana, hoje vocês vêm cá jantar! Sabes o que fiz?
- Olá, avó! Não sei, mas tenho a certeza que é algo que adoro! - disse eu, muito empolgada.
Ela riu-se e disse:
- Canjinha e lombo com batatas assadas.
Agora já nem posso ir lá dizer um simples “Olá!”. Sinto falta disto. Lembro-me, também, que nas férias de verão ia entregar pão com o meu avô. Quando me levantava, às 5h40 da manhã, só queria ficar na cama, mas depois, durante a entrega, o meu avô dizia sempre:
- Se adivinhares o nome da próxima freguesa, dou-te 15 euros.
Eu
dizia um monte de nomes e mesmo assim não acertava. Quem conseguia
pensar/adivinhar no nome Zoca? Eu não!
Passei
a falar com eles por videochamada quase todos os dias e cada vez mais sentia um
aperto no coração por não poder estar ao lado deles. Neste Natal, oferecemos-lhes um iPad para
poderem falar connosco quando quiserem.
Com isto, digo que, ainda hoje, sinto saudades dos abraços, dos beijinhos, dos risos, da comida, de tudo... Sinto falta, isto é, SAUDADE de tudo!
Saudade I
Naquela tarde de inverno, o João lembrou-se de como era bom andar na rua sem problemas. Ele tinha realmente saudades de brincar com os colegas sem usar máscara, de andar na escola sem máscara, de ir aos lugares sem máscara. Na verdade, ele gostava da vida que tinha antes da máscara.
Enquanto ele ligava o seu computador para ter mais uma aula online, lembrou-se de como até gostava de ter a professora perto dele. Enquanto a professora dava a aula e perguntava aos alunos do que é que sentiam mais saudades, o João respondeu:
-
Sabe, professora, eu até tenho saudades de a ter por perto.
- Como
assim, João? – perguntou a professora um bocadinho admirada, pois não estava a
contar com esta pergunta vinda do João.
- Sim,
professora, tenho mesmo saudades de a ter por perto. De a ouvir mesmo, sem ser
atrás das câmaras e destes microfones.
-
Também tenho saudades de estar com todos vocês, João. De partilhar estes momentos
com vocês de forma mais real. - Afirmou a professora, com um sentimento de
saudade e de admiração, por o João ter feito aquela afirmação.
Retratos - E se a vida fosse feita só de retratos?
Muitas vidas já são. Estamos num novelo de aparências que, muitas das vezes, não correspondem à verdade. Recheiam-nos de um completo vazio, de pessoas, passamos a fotocópias, umas mais artísticas do que outras, é notório. Somos uma folha de papel, por escrever ou com as palavras que nos são ditas, “sê isto e não aquilo”, “se não fores aquilo, se não alcançares isto, não passarás daquilo”. Mas as nossas decisões que definem uma grande parte da nossa vida não são implicações constantes, não são fórmulas concretas e exatas. Não existe uma fórmula completa para a felicidade, se existisse, não haveria tantas situações que retratam o seu oposto, a profunda melancolia e um constante desalento.
Na
realidade, somos seres pensantes, muitos de nós têm a capacidade para tal,
pensar, o monstro que nos assombra pela madrugada e nos deleita ao pôr-do-sol.
Os grandes narizes apresentam-se como necessários, como indispensáveis, com um
propósito de nos impressionar. Querem-nos cativos, inócuos, desprovidos de
opinião, silenciados. Assumem o controlo, criam-se seres deambulantes sem rumo,
nem objetivos.
Deixemo-los
perplexos, inovemos no seu próprio jogo até conseguirmos criar o nosso.
A
nossa jornada não deverá ser repleta de retratos sem emoção, de sorrisos
forçados, de pensamentos silenciados. Cada um, à sua maneira, pode brilhar sem
estar na penumbra.
No
entanto, os retratos mais taciturnos são tão merecedores de existência como os
retratos mais eufóricos.
Concluindo,
a crítica prende-se com a tentativa, tão bem-sucedida, de adquirirmos
expressões para diferentes sentimentos e fases, sendo que somos todos muito
distintos.
Os diferentes retratos ambicionam diferentes metas. E respeitar e compreender, é um processo complexo.
Carta à minha tia
Lousã, 23 de março de 2021
Esta carta é mais um dos
muitos laços de amor que nos unem e que nós sabemos apertar tão bem quando nos
reunimos e temos o prazer maravilhoso da presença dos nossos familiares.
Bem sabemos que a Páscoa está à porta e que volta a ser afastada dessas ocasiões de alegria, luz e emoção que sempre acontecem quando nos reunimos e que é nestas ocasiões que sentimos com mais força os nossos laços de família que são indestrutíveis, resistentes, sempre presentes no ânimo de todos nós … É essa ligação que nos dá o conforto e a ternura de sentirmos que pertencemos a uma família cujos membros são fundamentais uns para os outros, na ajuda, na compreensão, no carinho, na partilha, na cumplicidade e na disponibilidade para nos darmos uns aos outros sempre em amor e sorriso.
Os mais velhos são os nossos maiores exemplos, mas acredito que todos nós somos peças indispensáveis nesta engrenagem que só funciona bem com cada membro no seu lugar, nesta interdependência que é a nossa família. Por isso, é nesta carta que quero mais uma vez recordar-te que me sinto muito feliz por ter este amor de família e estes laços que me dão a certeza de ser parte integrante deste tudo lindo e unido! Esta Páscoa tem para mim o significado ainda mais forte da união que é de espírito, sangue, de alma, de coração e de vontade!
E deixo aqui mil beijos com sabor a ovo de Páscoa e a minha promessa de apertar sempre, sempre muito bem estes laços doces que são o nosso amor de família.
A tua sobrinha do coração,
Melissa (6.ºC)
4 de fevereiro - Dia Mundial do Cancro
Eduardo Carvalho (11.º C)
Se há, na minha perspetiva, algo que define o cancro é a sua capacidade de ser invisível, de surgir despercebido, exceto se for detetado preventivamente.
Ele é
traiçoeiro e pode não ter o cuidado de bater à nossa porta!
Tem o
potencial de virar a vida de uma pessoa e dos que a rodeiam de pernas para o ar,
se o diagnóstico for grave. Porém, pode não o ser.
Felizmente
o avanço contínuo da Ciência é real. Graças a todos os que, em todo o mundo,
dedicam horas intermináveis à Investigação, aos estudos, aos grupos de controlo
e ao conhecimento científico.
Uma
luta nobre, mas silenciosa, que continuamente nos alarga as esperanças e
possibilidades nesta guerra, ao ponto de vários tipos de tumores serem
perfeitamente tratáveis e considerados uma patologia comum.
Associamos
ao cancro palavras como “luta” e até “guerra”. Falamos da Liga Portuguesa contra
o Cancro, que nos invoca sentimentos como se estivéssemos perante um inimigo
comum. Mas, esta doença não escolhe estrato social ou condição de vida - ou
talvez escolha, em função dos hábitos que cada individuo tem.
Acho
interessante como ”um acaso”, uma mutação ocorrida na infinidade de reações,
que acontece na vida das células e que é comum a todos os organismos, se torna em
algo que tem “peso imediato” e com uma carga psicológica enorme. Basta, para
tal, dizer apenas o nome comum para a doença.
Não
tenho nenhuma experiência em primeira mão. Nunca “lidei” com um caso de cancro
na minha família, mas pergunto-me se, no fundo, isso será mesmo verdade. O meu
avô paterno, que nunca conheci, morreu jovem com um tumor no esófago, numa
época em que, depreendo, tal doença seria uma sentença de morte, quando
comparada com as possibilidades que temos hoje. Se o facto, de ser dos poucos
da família que fumava regularmente, foi a causa, nunca se saberá. A verdade é
que nunca sofri com isso: faleceu muito antes de eu sequer ter nascido! No
entanto, tenho a certeza que teve influência na minha vida. De facto, nunca o
conheci e a nossa própria vida é feita das pessoas que conhecemos, mas o meu
pai perdeu-o mais cedo do que seria desejável. Nunca saberei o que é que podia
ter sido diferente…
Por
isso, o pensamento que gostaria de deixar a todas as pessoas é que, definitivamente,
tomemos consciência das medidas e mecanismos que devem existir para apoiar quem
sofre de cancro, bem como as suas famílias. Este apoio pode ser necessário na
realização dos tratamentos (de quimioterapia/radioterapia), no fornecimento de medicamentos,
na ocupação dos tempos livres, nas sessões com terapeutas, por exemplo. Será
que, enquanto sociedade, protegemos e apoiamos devidamente estas pessoas?
Além disso, também é importante interiorizar que a vida não pode estagnar completamente. Pois a pessoa que sofre de cancro tem, muitas vezes, filhos e outras preocupações familiares ou está ainda a estudar e a tentar perseguir a carreira ou o sonho que sempre quis. Pelo que termino com uma questão: como é possível gerir uma situação como esta?
As mulheres também vão a jogo! Desigualdade de género no desporto
Na minha opinião, a sociedade de hoje em dia, apesar de ter
grandes melhorias em relação ao passado, ainda não conseguiu aceitar,
totalmente, a igualdade de género, e o desporto é um exemplo onde as diferenças
entre homens e mulheres está vivamente presente.
Primeiramente, desde a antiguidade, sempre existiram papéis
bem definidos para indivíduos do sexo masculino e para o feminino. As mulheres
destinavam-se às tarefas domésticas e ao cuidado dos filhos, enquanto os homens
tinham de trabalhar e ganhar rendimento, para sustentar a família. Dessa
maneira, criaram-se os estereótipos, a idealização que as raparigas brincam com
bonecas e os rapazes com carros, que os desportos que as mulheres praticam são
a ginástica e os dos homens são o futebol. Todavia, estas suposições são
totalmente incorretas, porque nem todas as raparigas praticam ginástica, e
algumas podem preferir jogar futebol, e o mesmo se aplica aos rapazes. Mas por
que razão a sociedade implementa tais ideias nas nossas cabeças? O motivo é
desconhecido, mas tem definitivamente de parar!
Em segundo lugar, as mulheres não são tão reconhecidas nos
desportos como os homens. Porque será? Talvez seja por estas diferenças e
estereótipos que a sociedade teima em criar. Está comprovado que os indivíduos
do sexo feminino não têm o mesmo acesso e oportunidades de praticar desporto,
de desempenhar cargos de liderança em organizações desportivas, de receber
prémios e honorários de desporto, e não têm a mesma atenção nos desportos
femininos do que os homens. Podemos constatar esta injustiça através da
televisão e mídia. Vemos tantas vezes reportagens, entrevistas, jogos, e
conversas sobre jogadores, tais como, o Ronaldo, Bruno Fernandes, André Silva,
Rúben Dias (entre outros). Mas quantas vezes esses canais falam e apresentam de
jogadoras como Andreia Norton, Cláudia Neto e Ana Borges? Muito menos vezes,
posso garantir. Outro exemplo onde se nota esta desigualdade é o caso de Rita
Latas. Rita foi a primeira mulher a narrar um jogo de futebol da primeira liga,
e recebeu muitas mensagens maldosas apenas pelo facto de ser uma mulher a falar
de um desporto “de homens”!
Por último lugar, apesar de as mulheres não terem o mesmo
reconhecimento dos homens, estes também sofrem por praticarem desportos “de
raparigas”. Este é o caso de um rapaz que dança ballet. Ele pode ser gozado na
sua escola por outros meninos, como acontece tantas vezes. Só porque um homem
dança, patina, ou pratica ginástica, não tem de ter a sua masculinidade posta
em causa. Aqui estão, de novo, presentes as injustiças que a sociedade criou.
Concluindo, considero que os estereótipos e diferenças (evidenciadas no desporto) ainda estão bem presentes nos dias de hoje. Por este motivo, devemos lutar contra estas desigualdades e tornar o mundo num lugar mais abrangente e tolerante!
ESPERANÇA E AMOR EM TEMPOS DE PANDEMIA
O COVID 19 espalhou-se, entrou nas nossas vidas e separou-nos da família e dos amigos. Os alunos da CAA-SMA-ESL elaboraram este trabalho para marcar um momento de confinamento e separação dos colegas, acreditando que logo regressarão.
Na nossa escola partiram os ruídos, ficou o silêncio,
Os espaços estão vazios, ocos não tem vida,
Na nossa árvore escrevemos a poesia,
Sentimos o medo do CVID e ouvimos o seu
prenúncio,
Nos seus corações encontramos
alegria,
Saudades das pessoas
queridas,
Vontade dos amigos reencontrar,
Sem sinais, sem manchas, sem feridas,
De novo beijar e abraçar,
Com os nossos amigos brincar.
Que a esperança se mantenha;
Porque não vamos ceder;
Acredita, pinta e desenha,
Que o Vírus vamos
vencer.
Dos alunos SMA – CAA – BX da ESL
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